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Elenco do Vasco abdica do salário para ajudar funcionários

Presidente do time carioca Vasco da Gama tenta captar os R$ 20 milhões do  empréstimo aprovado pelo Conselho Deliberativo do clube, validado  no  mês de junho

vasco da gama
Imagem: Rafael Ribeiro/Extra

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Vasco da Gama passa por crise

O clube carioca Vasco da Gama passa por uma crise financeira muita grande, que fez seus atletas e até o técnico da equipe Vanderlei Luxemburgo a dispensaram os seus salários para ajudar nos pagamentos dos funcionários do time.

Falar sobre a dignidade e a demonstração dos jogadores, que estão totalmente ajustados com os problemas do clube. Eles tinham um salário para receber e abdicaram. Receberam as premiações pendentes e o restante eles abriram mão para que pudessem pagar os funcionários, sensibilizados com o que vem acontecendo”

Disse o técnico vascaíno ao Vasco TV.

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“Fiquei satisfeito com a atitude dos jogadores. Como eles abdicaram, eu como comandante também não recebi o salário. Estou com os jogadores, e a nossa maior preocupação hoje é o Vasco da Gama”

acrescenta Luxemburgo.

Segundo o clube, o motivo dessa crise atual é a dificuldade em receber a receita referente as transmissões dos jogos. O Vasco tem como principal fluxo de receita esses direitos, em 2018, correspondeu a 41% do total de recebíveis. Segundo Alexandre Campello, o vasco ainda não viu a cor do dinheiro da televisão.

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A cota é paga, mas não chega nem a entrar no clube. Temos antecipação de receitas, acordo que fizemos com credores e as penhoras que chegam a todo instante. A situação é muito delicada, mas estamos fazendo um bom trabalho dentro do que encontramos”

afirmou o presidente do time.

No dia 11 deste mês, o clube fez o pagamento de um mês aos seus funcionários. A dívida ainda é de três meses, para quem recebe mais de R$ 1,5 mil, e dois meses para quem embolsa menos. Com pouco dinheiro, o time vai adiantando receitas, sendo uma delas a do sócio torcedor, o “Gigante”.

Segundo Felipe Schmidt, setorista do Vasco pelo site globoesporte.com, uma crise financeira tem um impacto muito grande no time.

No caso do Vasco, especificamente, a política, não afeta tanto os jogadores, mas a questão financeira, sim. É primordial”.

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“Vanderlei Luxemburgo tem grande influência sobre os jogadores e consegue lidar bem com a situação.”

elogia Schmidt.

Schmidt não vê no dia-a-dia do clube uma mudança, dando ênfase a influência que o Luxemburgo tem com os atletas. Contudo, o trabalho como jornalista ficou mais dinâmico.

Cobrir o Vasco nos últimos anos significa ir muito além de apenas futebol. É preciso ter conhecimento político, jurídico, econômico, etc. É um grande desafio, mas que acrescenta muito a um jornalista”.

Crise financeira no futebol carioca

A crise financeira em clubes do Rio de Janeiro é uma preocupação para o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj), Rubens Lopes, vê a hipótese de um colapso que vai afetar o Brasileirão da Série A.

Segundo o presidente da Ferj, “É uma situação cômoda transferir a culpa só para os clubes. Têm mais 10 clubes da Série A com problemas. Esse critério de divisão de receitas de televisão foi um grande equívoco. Imaginava-se que todos partiriam da mesma situação quando não eram iguais”.

Rubens Lopes critica a forma como o novo acordo de direito de transmissão de jogos é feito, atualmente o acordo é realizado da seguinte forma, as cotas fixas acabaram e se transformaram em parcelas variáveis.

A Rede Globo pega o total do dinheiro e dividi: 40% para todos os clubes, 30% por colocação e 30% por exibição. Já a Turner, dona do canal TNT, distribui 50% igualmente aos times, 25% por posição e 25% por audiência. Os recursos só são repassados no segundo semestre, o que reduz drasticamente a receita dos clubes.

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Para Lopes, é necessário reunir todos os clubes, federações e CBF, para discutir a atual crise financeira no futebol e buscar medidas urgentes.

O caso é muito grave e se medidas emergenciais não forem adotadas o risco de colapso é iminente porque a asfixia financeira já atingiu limites insuportáveis e o Campeonato Brasileiro da Série A pode não acabar”.

Para Felipe Schmidt não há previsão para uma convulsão do futebol brasileiro, “problemas financeiros são comuns em clubes do Brasileirão há alguns anos. Não acredito que possam afetar tanto a competição”. No entanto, cita a perdas de grandes talentos para o futebol internacional, o que afeta a qualidade do torneio.

Por: Thalisson Luan Batista da Silva

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