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Resenha: Acertando o Passo

Por Daniel Benites – Fala!Cásper

Quem nunca se sentiu deprimido ou esgotado o bastante para repensar seus valores e tentar reestruturar sua própria vida? Obviamente, trata-se de uma situação muito comum. Mas será que quando se chega à terceira idade, isso ainda é possível?

É este o tema que rege o filme “Acertando o passo”, dirigido por Richard Loncraine e estrelado por Imelda Staunton e Celia Imrie, que encarnam duas irmãs idosas e que não se encontravam há muitos anos. Sandra (Staunton) é casada com um milionário há mais de trinta anos, quando descobre que ele a traía com sua melhor amiga. Desconcertada, ela o deixa e busca a ajuda da irmã Elizabeth (Imrie), uma senhora solteira e simples, a qual nutre um incrível amor pela vida.

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No início, as fortes diferenças nas condições sociais, bem como nos próprios valores das irmãs as leva a vários conflitos e desentendimentos. Sandra está acostumada a ter uma vida de luxo e conforto, recusando-se a aceitar e superar a traição do marido, algo que a leva a uma profunda tristeza. Já Elizabeth procura viver com alegria e lealdade aos amigos, do clube e da vizinhança.

Após certo tempo vivendo juntas, porém, ambas passam a se aceitar melhor e rever suas posições. Elizabeth leva sua irmã para frequentar suas aulas de dança, onde a protagonista reencontra sua felicidade (apesar do inevitável descaso inicial) e revive sua juventude.

O filme de Loncraine adota uma linguagem simples e agradável ao longo do enredo. Desde o início, Imelda e Celia se mostram as escolhas certas para representar, respetivamente, a irmã rica e orgulhosa e a mais simples e alegre.

Ainda que contenha certos estereótipos, o filme não entra em um tom acusatório, permitindo com que a narrativa flua de modo leve. Além disso, a trilha sonora, temática das danças representadas pelos protagonistas, torna a experiência de assistir ao longa uma “quase-terapia”. O que parece ser exatamente a intenção do filme.

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