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Olimpíadas 2021: tudo sobre o sucesso do Skate em Tóquio

A modalidade que estreia nas Olimpíadas se destaca com uma juventude promissora e ótimas disputas

Rayssa Leal
A brasileira Rayssa Leal, medalhista de prata pelo Brasil aos 13 anos. | Foto: Julio Detefon/CBSkate.

O programa das Olimpíadas de Tóquio 2020 (que estão sendo disputadas em 2021 por conta da pandemia da Covid-19) resolveu adicionar quatro novos esportes ao torneio, com o objetivo de atrair um público mais jovem para a audiência da competição. Os esportes foram: Escalada Esportiva, Karatê, Skate e Surfe, além do retorno do beisebol e softbol e a adição de modalidades como o basquete 3×3.

Nos mares, o Brasil brilhou e conquistou o primeiro ouro da história do Surfe com o potiguar Italo Ferreira. A festa só não foi completa pois o paulista Gabriel Medina, em duas baterias com decisões polêmicas da arbitragem, acabou derrotado e ficando apenas na 4ª colocação. Na Escalada Esportiva e no Karatê, os brasileiros não estarão presentes, e as modalidades serão disputadas entre os dias 3 e 7 de agosto.

Skate nas Olimpíadas 2021

Skate Street masculino

pódio Skate Olimpíadas
Primeiro pódio da história do Skate nas Olimpíadas: Yuto Horigome (centro), Kelvin Hoefler (à esquerda) e Jagger Eaton (à direita). | Foto: Ezra Shaw/Getty Images.

Já o Skate, foi o esporte, até o momento, em que o Brasil mais obteve sucesso nos Jogos Olímpicos. No último sábado (24), a modalidade Street masculino foi disputada no Ariake Urban Sports Park e atletas de 12 países diferentes se enfrentaram em busca das medalhas olímpicas. Na fase de classificação, o brasileiro Kelvin Hoefler se classificou para a final com a 4ª maior pontuação no geral, recebendo até uma nota 9.23 por uma manobra.

Na final, o paulista de Guarujá teve um início muito consistente, com duas voltas notas 8.98 e 8.84 e uma manobra 8.99. Porém, após duas manobras zeradas em sequência, o skatista ficou pressionado para acertar e garantir o seu lugar no pódio. Felizmente, na última manobra, Kelvin conquistou um 9.34 e ficou com a histórica medalha de prata.

No lugar mais alto do pódio ficou o japonês Yuto Horigome, de 22 anos. Atual campeão mundial e vencedor do X Games em 2019, o garoto brilhou em Tóquio com manobras impressionantes e muita qualidade técnica. Depois das notas descartadas, Yuto ficou com impressionantes 9.03, 9.30, 9.35 e 9.50, o que garantiu o ouro a ele. Vale destacar também o frustrante 7º lugar do multicampeão Nyjah Huston, considerado favorito na prova.

Skate Street feminino

skate
Na categoria Street feminino, o ouro ficou com a jovem Momiji Nishiya, de apenas 13 anos. | Foto: Reprodução/Viral Nigeria.

No feminino, o Brasil tinha grandes expectativas de conquistar medalhas, já que possuía três das melhores skatistas da modalidade: Leticia Bufoni, Pâmela Rosa e Rayssa Leal. Porém, na fase de classificação, Pâmela (que disputou a competição lesionada) cometeu muitos erros em sequência e não conseguiu acertar uma manobra de alta nota para se garantir na final. O mesmo aconteceu com Leticia, que ficou apenas 0.8 pontos no geral de se classificar para a decisão da prova.

No fim, apenas Rayssa Leal conseguiu se classificar entre as oito melhores, ao lado de três atletas japonesas, uma estadunidense, uma chinesa, uma holandesa e uma filipina. A maranhense de Imperatriz teve um bom início na decisão, com duas voltas bem consistentes de notas 2.94 e 3.13. Após errar a primeira manobra, Rayssa acertou duas ótimas em sequências: 3.91 e 4.21. As japonesas Momiji Nishiya e Funa Nakayama também estavam tendo um ótimo desempenho, com notas altíssimas como 5.00 e 4.66. Na última manobra, um erro de Nakayama e um 3.43 de Nishiya deram a esperança de um possível ouro para a brasileira na sua última tentativa. Mas Rayssa caiu e ficou com a prata, o que já foi um resultado histórico e super expressivo para o Skate brasileiro.

A modalidade Park nas Olimpíadas de Tóquio

Na próxima semana, entre os dias 4 e 5 de agosto, as provas de Park serão realizadas em uma arena um pouco diferente. Diferente do Street, o Park apresenta uma pista mais arredondada, remetendo a um formato de uma piscina vazia, recheada de rampas e elevações. Os skatistas realizarão quatro voltas de 45 segundos e as notas serão distribuídas de 0 a 100. Porém, apenas a melhor volta de cada atleta será computada no final, deixando a modalidade ainda mais imprevisível.

No masculino, os favoritos são o havaiano Heimana Reynolds, atual campeão mundial, e o brasileiros Pedro Barros e Luiz Francisco. Já no feminino, o Japão conta com as fortíssimas Kokona Hiraki, Misugu Okamoto e a Sakura Yosozumi, além da sensação da Grã Bretanha Sky Brown. As brasileiras que irão correr por fora por uma medalha as Olimpíadas são Dora Varella, Isadora Pacheco e a Yndiara Asp.


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Por Victor Fardin – Fala! PUC-SP

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