“Faltam 100 segundos para a meia-noite”, dizem os ponteiros do Relógio do Apocalipse, criado em 1947 para alertar sobre um cataclismo nuclear eminente na época. O relógio simbólico foi inventado para demonstrar de modo claro e visível o quão perto o mundo está de seu fim, e envolve diversos fatores, como ameaças nucleares, mudanças climáticas e, mais recentemente, a pandemia de Covid-19.
Relógio do Apocalipse
Todo ano, o Boletim de Cientistas Atômicos decide quais eventos empurraram os ponteiros para perto ou longe da meia-noite, que simboliza um ponto de não-retorno, ou seja, quando não será mais possível salvar o mundo da destruição causada pelo homem.
A decisão da ONG este ano foi realizada em conjunto com mais treze cientistas vencedores do Prêmio Nobel, que concordaram em não mover os ponteiros de onde estavam no ano passado: a menos de dois minutos da meia-noite. A marca continua a mais próxima da destruição mundial desde a criação do Relógio, quando marcava 17 minutos para o fim do mundo.
O presidente da ONG, Jerry Brown, fez um apelo para os Estados Unidos, a Rússia, e outras potências nucleares do mundo destruam suas armas nucleares e abordem de maneira mais séria a questão da emissão de carbono. Os cientistas disseram que, desta vez, além do risco de uma guerra nuclear, o planeta passa por riscos relacionados ao meio ambiente e às mudanças climáticas.
O Brasil também está envolvido no documento divulgado pelo Boletim de Cientistas Atômicos, que menciona o desmatamento e as queimadas da Amazônia como parte do problema, criticando a resposta do governo nacional ao problema.
No ano passado, alguns países agiram para combater as mudanças climáticas, enquanto outros, incluindo os Estados Unidos, que deixaram o Acordo de Paris, e o Brasil, que desmantelou políticas de proteção à floresta amazônica, deram vários passos para trás.
Diz o texto.
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Por Giulia Deker – Fala! Cásper