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Emagrecer: O fim dos espartilhos e o início das dietas

O processo de fim do uso dos espartilhos reflete as transformações no pensamento feminista e nos conceitos do belo no que se refere ao corpo. Cintas podem ser vistas tanto como instrumentos de opressão da mulher como símbolo do poder feminino.

Ao longo do tempo, as regras de beleza foram mudando em todos os lugares do mundo, coisas que usamos hoje poderiam ser consideradas inadequadas antigamente. Assim, como as tendências do passado não cabem mais nos dias atuais.

Saiba como o fim dos espartilhos influênciou na criação das dietas.
Saiba como o fim dos espartilhos influenciou na criação das dietas. | Foto: Montagem/Reprodução.

Como o fim dos espartilhos influenciou o início das dietas?

Os espartilhos surgiram por volta do século XVI, na Inglaterra, e tinha como objetivo manter a postura, dar um suporte aos seios e sobretudo diminuir a cintura, controlando as formas naturais do corpo e dando a ele mais elegância.  Eles podiam ser encontrados em diversos materiais, como tecido duro, couros, cordas engomadas, entre outros.

Durante muito tempo o espartilho foi indispensável, pois era ele que modelava o corpo das mulheres. Contudo, as consequências do acessório poderiam ser graves, pois atrapalhavam a respiração, faziam mal para circulação sanguínea e como consequência causavam varizes internas e nas pernas. Além disso, provocavam dores na coluna, deformidades nas vértebras, mudanças de órgãos do lugar, esofagite, refluxo e enfraquecimento muscular, ou seja, traziam sérios problemas de saúde e uma péssima qualidade de vida.

O fim do espartilho está ligado à Primeira Guerra Mundial, com os homens ocupados, lutando na frente de batalha, as mulheres foram convocadas a assumir os trabalhos nos campos, nas cidades e nas fábricas. O trabalho operário exigia espartilhos menores, mais confortáveis e simples; a burguesia também não contava mais com grande criadagem, o que fez com que as damas optassem por modelos de corpetes mais simples e fáceis de vestir.

A prática da dieta na Antiguidade era vista como uma forma de melhorar a saúde física e mental. No século 19, as pessoas começaram a aderir dietas mais radicais, foi durante esse tempo que começou haver uma preocupação excessiva com a estética e com isso a indústria do regime ganhou forças.

A carta sobre excesso de peso escrita por William Banting foi, provavelmente, o primeiro livro de dieta para emagrecer já publicado, em 1864, para compartilhar seu sucesso após perder muito peso. Ele propunha substituir uma ingestão excessiva de pão, açúcar e batatas por carne, peixe e hortaliças, principalmente.

Desde então apareceram dietas da moda em múltiplos formatos, com isso também surgiu o aumento significativo de distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia. 

O culto ao corpo perfeito, a constante luta contra a balança, uma conta de calorias presente em cada refeição começaram a fazer parte do cotidiano de muitas pessoas e foi intensificado ainda mais com as redes sociais. As pessoas, no geral, são influenciadas pelo que é reproduzido nos ambientes midiáticos, que exageram nos padrões de beleza e levam a uma idealização de uma perfeição, que não existe.

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Por Lívia Ferreira de Almeida – Fala! Mack

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