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Quais países ainda se encontram em uma ditadura militar?

Atualmente, há 49 países vivem uma ditadura militar

No dia 1 de fevereiro, Myanmar sofreu um golpe de estado pelos militares e prenderam Aung San Suu Kyi, ganhadora do prêmio Nobel da Paz e figura importante política do país, alegando ter ocorrido “fraude eleitoral” nas últimas eleições no ano passado. Outras autoridades de alto ofício também foram presas e foi declarado estado de emergência no Myanmar para restabelecer a ordem. 

O ocorrido teve grande repercussão internacional, chamando a atenção de muitos líderes de estado para agir sobre o surgimento de um novo país sob um regime totalitário. Embora o golpe de estado no Myanmar seja um sério problema, o que ocorreu é mais parecido com um sintoma de uma crise democrática que está acontecendo ao redor do mundo.

Segundo um relatório da ONG Freedom House, há 49 países vivendo uma ditadura. O relatório também indica um saldo negativo sobre o desenvolvimento democrático dos países nos últimos 14 anos, apresentando um crescimento maior de governos autoritários do que nações que progrediram com agendas democráticas.

ditadura militar
Quais países ainda se encontram em uma ditadura? | Foto: Reprodução.

Países que vivem uma ditadura militar

Alguns exemplos de países que se encontram em uma ditadura militar são:

1) Rússia

Desde de que assumiu o poder na Rússia em 2000, Vladimir Putin se tornou o exemplo de um líder autoritário: ele já intimidou e/ou matou adversários políticos, controla a liberdade de imprensa no país e já nomeou governadores sem terem sido eleitos.

A retórica de Putin se baseia em um nacionalismo russo, uma antagonização sobre a União Europeia e os Estados Unidos e também uma perseguição a homossexuais. Em 2020, Putin estendeu sua presidência até 2036, após um referendo.

2) China

Na China, o Estado exerce controle total na imprensa e na política. O Partido Comunista é o único que existe no cenário político chinês, tendo domínio sobre eleições e imprensa, decidindo quem pode se candidatar a cargos de ofício e até mesmo escolhendo quais filmes podem estar passando nos cinemas.

Atualmente, a China está sendo questionada por suas medidas contra os uigures, uma minoria muçulmana da região da Ásia Central, sendo tais medidas sendo caracterizadas como “genocídio cultural”.

3) Turcomenistão

O país situado na Ásia Central, o Turcomenistão tem a fama como um dos países mais repressores do mundo. O chefe de estado, Gurbanguly Berdimuhammedow, está no poder desde 2006 e controla o país com mão de ferro, censurando a liberdade de expressão e intimidando sua população usando sua polícia e exército.

Em um levantamento do site Repórteres sem Fronteiras, o Turcomenistão está na última posição em liberdade de imprensa.

4) Cuba

Desde 1958, Cuba vive sob uma ditadura com apenas um partido no comando, o Partido Comunista. Apenas candidatos autorizados pelo partido podem se candidatar para cargos executivos, o acesso à Internet é monitorado e só pode ser acessada se o cidadão buscar os serviços do governo cubano.

Além disso, os cidadãos não podem sair ou voltar para Cuba sem obter primeiramente uma permissão oficial. Desde o fim da União Soviética, Cuba tenta uma aproximação com o mundo para se sustentar economicamente, embora seja um progresso lento.

5) Camarões

Embora seja considerado uma república presidencialista, Camarões vive sob um regime ditatorial comandado por Paul Biya, como presidente desde 1982. Biya tem o domínio sob o poder judiciário do país, em que as cortes só podem avaliar a constituição caso tiverem a autorização dele, e a Câmara Nacional serve apenas para aprovar suas medidas.

No livro Tyrants, the World’s 20 Worst Living Dictators, de David Wallechinsky, o presidente camaronês é citado na lista.

6) Coreia do Norte

Talvez o país mais autoritário do mundo, a Coreia do Norte, é comandado pela família Kim desde a criação do estado, com Kim Jong-Un atuando hoje como Líder Supremo. O ditador coreano exerce total controle sobre as forças armadas, cenário político e sua população.

A ONU registrou vários casos de violação de direitos humanos na região, apoiados por depoimentos de desertores norte-coreanos e relatando a existência de campos de concentração, casos de tortura, estupro, fome e outros crimes contra a humanidade.

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Por Guilherme Schanner – Fala! Mack

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