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K-pop: relembre as maiores tragédias de ídolos do estilo musical

Quando se fala sobre k-pop, o que vem à mente são superproduções de músicas e clipes, coreografias bem elaboradas e um estilo animado. Porém, por trás de toda badalação e luxo, os idols sofrem com treinamentos exaustivos, pressão por parte da mídia e da sociedade que sentem que os artistas precisam manter uma imagem de “pessoa perfeita” e com uma rigorosa agenda de shows e eventos. Muitos sequer chegam ao estrelato, mesmo passando por toda essa rotina. 

Com isso, o mundo do k-pop possui tragédias que marcaram negativamente o estilo. Mas, além disso, servem de alerta sobre como o comportamento do público e a cultura do hate podem ser nocivos.

Maiores tragédias do k-pop

Jonghyun

Jonghyun
Jonghyun em uma coletiva de imprensa para a turnê SHINee World III. | Foto: Han Myung-Gu/WireImage.

Kim Jong-Hyun, ou conhecido simplesmente por Jonghyun, foi um cantor, compositor e produtor sul-coreano, integrante do SHINee, grupo de k-pop formado em 2008 pela SM Entertainment. No dia 18 de dezembro de 2017, o cantor de 27 anos foi encontrado inconsciente em seu apartamento. Os médicos não conseguiram trazê-lo de volta e Jonghyun foi declarado morto. A principal suspeita foi suicídio por inalação de monóxido de carbono.

O artista havia entregado uma carta para a amiga íntima e também cantora Jang Hee-Yeon, do grupo Dear Cloud. O conteúdo era uma mensagem de despedida e também um desabafo, no qual Jonghyun declarava sofrer de depressão

Sulli

K-pop
Sulli, do F(x), recebia constantemente comentários de ódio na Internet. | Foto: YONHAP /Agence France-Presse / Getty Images.

Choi Jin-ri, ou Sulli, como era conhecida, foi uma cantora, atriz e modelo sul-coreana, integrante do grupo F(x), formado pela SM Entertainment em 2009. Em 2015, Sulli havia deixado o grupo, porém continuou a se dedicar a trabalhos como atriz e modelo. No dia 14 de outubro de 2019, a cantora foi encontrada sem vida em sua casa pelo seu manager. A causa da morte foi suicídio, segundo as autoridades sul-coreanas.

Sulli sofria diariamente com comentários de ódio e cyberbullying por conta de muita das vezes abordar assuntos considerados polêmicos pela população de seu país, como feminismo. Com apenas 25 anos quando cometeu suicídio, Sulli deixou um legado para as mulheres de luta por seus direitos.

Hara

tragédias do k-pop
Goo Ha-ra em evento em Seul, Coreia do Sul, em 2015. | Foto: Han Myung-Gu / WireImage file.

Goo Ha-ra ou Hara, como era chamada, foi uma cantora e atriz sul-coreana, que começou a fazer parte do grupo Kara, criado pela DSP Media em 2009, até sua dissolução, em 2016. Em 24 de novembro de 2019, apenas um pouco mais de um mês após a morte de Sulli, que era uma de suas melhores amigas, Hara foi encontrada morta em sua casa. A polícia achou uma carta de despedida e, por isso, descartou a possibilidade de crime, sendo mais um caso de suicídio. 

Cerca de 6 meses antes de seu falecimento, a cantora já havia tentado suicídio. Entretanto, ela conseguiu ser salva pelos médicos. Hara possuía um histórico de violência doméstica, além de ter sido ameaçada pelo seu ex-namorado de ter arquivos íntimos divulgados.

Ladies’ Code

suicídio
Grupo de k-pop Ladies’ Code com sua formação original. | Foto: Getty Images.

Ladies’ Code foi um grupo feminino de k-pop formado pela Polaris Entertainment em 2013, que consistia em 5 integrantes, Ashley, EunB, RiSe, Sojung e Zuny. Esse é o caso que mais se diferencia dos relatados anteriormente.

No dia 3 de setembro de 2014, o grupo se envolveu em um acidente de carro por volta da madrugada. O grupo estava voltando em uma van de uma gravação de uma apresentação que promovia uma de suas músicas. Foi relatado que o manager do grupo, que era o motorista da van, estava dirigindo acima do limite de velocidade da rodovia. Além disso, a pista escorregadia por conta da chuva causou a perda do controle da direção do veículo, que acabou batendo em um muro de proteção.

O acidente foi fatal para as integrantes EunB e RiSe. O grupo seguiu como trio até 2020, após o término do contrato das integrantes com a Polaris Entertainment. Atualmente, o grupo está em hiatus com as integrantes investindo em carreiras solo. 

Centro de Valorização à Vida (CVV)

Se você ou alguém que você conhece está passando por problemas psicológicos e está pensando em tirar a própria vida, entre em contato com o CVV (Centro de Valorização à Vida), que possui voluntários disponíveis 24 horas todos os dias para ajudar gratuitamente todas as pessoas que estão precisando de apoio emocional e de prevenção do suicídio. Para entrar em contato com o CVV, basta ligar para o número 188 ou acessar o site.

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Por Lucas Souza da Hora – Fala! UFSC

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