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Vulcões ativos: quais são os mais perigosos da Terra

Toda vez que um vulcão entra em erupção acontece um espetáculo da natureza incrível e assustador ao mesmo  tempo. Em 2021, algumas erupções já chamaram bastante atenção pelo perigo que representam, como no caso do vulcão Etna, na Itália, e o Monte Nyiragongo, na República Democrática do Congo. Essas erupções recentes servem como um alerta à humanidade de que existem vários vulcões ativos espalhados pelo planeta, sendo uma ameaça constante ao meio ambiente e à população humana ao seu redor.

Ao todo, são cerca de 1500 vulcões potencialmente ativos na Terra, fora os que estão no fundo do oceano. Há vulcões em todos os continentes, mas boa parte deles se concentra no chamado “Anel de Fogo” do Oceano Pacífico. Para quem está no Brasil, não há com o que se preocupar. O país não tem nenhum vulcão ativo. 

Já outras regiões do mundo têm motivo para preocupação. Os vulcões que merecem mais atenção são justamente aqueles que estão mais próximos a áreas altamente povoadas. Especialistas geralmente classificam esses como os mais perigosos pelo seu potencial de destruição.

Confira uma lista, a seguir, com dez dos vulcões mais perigosos da atualidade.

vulcões
Quanto mais próximo à população, mais perigoso se torna um vulcão. É o caso do Monte Fuji, que fica bem perto de Tokyo. | Foto: Pixabay.

Vulcões ativos e mais perigosos

Kilauea, Havaí (um dos vulcões que entrou em erupção recentemente)

É provável que esse vulcão seja bem lembrado por causa de uma erupção explosiva recente em 2018. Localizado ao longo da costa sul de Ilha Grande, o Kilauea é o vulcão mais ativo do Havaí. Entrou em erupção quase continuamente de 1983 a 2018, causando muitos danos e destruição, junto a fortes terremotos que levaram à evacuação do local.

Monte Santa Helena, EUA

Localizado a apenas 80 quilômetros da cidade de Portland, o Monte Santa Helena é um dos mais mortíferos vulcões dos Estados Unidos. Em 1980, uma erupção dele se tornou o evento vulcânico mais mortal e destrutivo da história do país, deixando 320 quilômetros quadrados de floresta destruídos, 57 pessoas mortas e milhares de animais mortos. 

O Monte Santa Helena permanece ativo, com a última erupção ocorrida em 2008. O Serviço Geológico dos Estados Unidos diz que erupções futuras provavelmente ocorrerão. Se confirmada a previsão, grandes quantidades de cinzas seriam enviadas ao noroeste do Pacífico.

Popocatepetl, México (um dos vulcões mais perigosos)

O vulcão Popocatepetl, no México, voltou a ficar ativo em 1994 e tem entrado em erupção com frequência. A fumaça saiu do vulcão pela primeira vez depois de 1.000 anos, o que deixou muitos com medo de uma possível erupção.

Ele se torna especialmente perigoso devido à enorme população a apenas 70 quilômetros de distância. O Popocatepetl está próximo a uma das maiores áreas urbanas do mundo, na Cidade do México, onde vive um total de 20 milhões de pessoas.

Cientistas prevêem que eventualmente haverá uma erupção massiva, só não sabem quando isso acontecerá. Mas caso ocorra, seria catastrófico, destruindo tudo nas proximidades.

Cotopaxi, Equador

Um dos vulcões mais ativos do Equador, o Cotopaxi teve mais de 50 erupções desde o século XVI. A mais recente foi em 1904, embora tenha ocorrido um “susto” em 2005. O vulcão fica a cerca de 75 quilômetros de distância de Quito, a capital do país. Se realmente entrasse em erupção hoje, os resultados seriam devastadores.

Eyjafjallajokull, Islândia

Este vulcão islandês chamado de Eyjafjallajokull entrou em erupção mais recentemente em 2010. Na ocasião, causou enormes nuvens de cinzas que atrapalharam o tráfego aéreo da Europa por uma semana.

Monte Vesúvio, Itália (um dos vulcões mais famosos)

Talvez um dos vulcões mais famosos, o Monte Vesúvio foi o responsável pela destruição das cidades romanas de Pompéia e Herculano em 79 d.C. Suas erupções antecederam grandes fluxos piroclásticos, com riachos de gás extremamente quentes e matéria vulcânica com velocidades de quase 700 km/h. 

A atividade mais recente foi registrada em 1944. Como o Vesúvio está perto de muitas áreas populosas da Itália, como a cidade de Nápoles, autoridades italianas fazem todo o possível para se preparar para futuras erupções.

Monte Fuji, Japão

Considerada uma das “Três Montanhas Sagradas” do Japão, o Fuji está quase adormecido desde 1707, mas cientistas ainda o consideram ativo. A suspeita é de que o terremoto de 2011 pode ter causado uma erupção. Uma possível erupção causaria enormes danos devido à proximidade do vulcão de Tóquio.

Taal, Filipinas

Não muito longe da capital das Filipinas, Manila, o Taal entra em erupção com bastante frequência. Produziu quatro grandes erupções nos últimos 200 anos, incluindo uma que atingiu nota 6 no Índice de Explosividade Vulcânica, sendo que 7 é o máximo. 

As autoridades do país vigiam de perto o gigante, pois uma nova erupção poderia afetar mais de 12 milhões de pessoas. Uma próxima erupção poderia ser altamente explosiva. A população também seria severamente afetada pelas cinzas.

Merapi, Indonésia

O vulcão Merapi é o mais ativo da Indonésia. Ele fica próximo ao centro da ilha de Java. Os 3 milhões de habitantes da área estão alertas o tempo todo. O Merapi é conhecido por fluxos piroclásticos que descem por suas encostas em velocidades alarmantes.

No final de 2010, erupções com fluxos piroclásticos deixaram centenas de mortos e milhares de pessoas evacuadas. Desde o século 16, o Merapi está em erupção quase continuamente. O episódio mais recente foi em 2018. 

Krakatoa, Indonésia

Esse vulcão bastante ativo fica em um arquipélago de mesmo nome situado entre as ilhas de Java e Sumatra, na Indonésia. Em 1883, uma erupção catastrófica, que foi a segunda mais fatal da história, foi sentida de alguma maneira em praticamente todo o planeta. 

A erupção em si destruiu dois terços da maior ilha do arquipélago. Foram mais de 36 mil vítimas fatais, a maioria devido ao tsunami gerado pela erupção. Ondas gigantes foram observadas nos Oceanos Índico e Pacífico, além da costa oeste dos Estados Unidos e América do Sul. O som da explosão pôde ser ouvido em regiões distantes, incluindo Filipinas, Índia e Austrália.

Na década de 1920, o vulcão originou um “filho”, o Anak Krakatoa, que emergiu da caldeira do Krakatoa original. Cientistas dizem que ele pode ser ainda mais poderoso que seu “pai”, com potencial para uma erupção bombástica tal qual a de 1883 ou até pior. 

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Por Igor Magalhães – Fala! Universidade Federal do Ceará

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