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Super Bowl LVI: Bengals e Rams fazem a grande decisão da NFL

Cincinnati e Los Angeles disputam o título no próximo domingo

SoFi Stadium preparado para o Super Bowl LVI.
SoFi Stadium preparado para o Super Bowl LVI. | Foto: Reprodução.

Neste domingo (13), acontece o maior evento esportivo do ano: o Super Bowl LVI. O palco da grande decisão da NFL, em 2022, será o novíssimo SoFi Stadium, em Los Angeles, o qual será sede de uma verdadeira batalha entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams. 

Como as equipes chegaram até o Super Bowl? Quais os destaques para ficar de olho nos dois lados deste confronto? E claro, o que esperar deste jogaço? Confira nossa prévia deste duelo histórico e saiba o que esperar do tão aguardado Super Bowl LVI.

O caminho do Cincinnati Bengals ao Super Bowl LVI

O Cincinnati Bengals terminou a temporada passada com um total de quatro vitórias, tendo perdido o então Quarterback calouro, Joe Burrow, com uma grave lesão ligamentar no joelho. Porém, mesmo com poucas vitórias, o time de Zac Taylor demonstrava que tinha potencial de crescer no futuro e, o que não se esperava, era que seria tão rapidamente.

Com investimentos precisos no lado defensivo da bola na Free Agency, e a escolha de Jamarr Chase na quinta escolha geral do NFL Draft de 2021, o Cincinnati Bengals mudou completamente de patamar. 

Na temporada regular, foram 10 vitórias para Cinci, as quais garantiram o título da AFC North pela primeira vez desde 2015, encantado a liga com um ataque jovem e explosivo, comandado (principalmente) pela dupla Joe Burrow (eleito Comeback Player of the Year) e Jamarr Chase (eleito Calouro Ofensivo do Ano), e uma defesa bastante oportunista, no melhor sentido possível.

Ainda assim, os Bengals chegaram aos playoffs como uma espécie de azarão, mas que tinha potencial de roubar alguns jogos. No Wild Card, a equipe recebeu o Las Vegas Raiders no Paul Brown Stadium, e quebrou um tabu que durava 32 anos. Com uma vitória por 26 a 19, os Bengals venceram uma partida de Playoffs pela primeira vez desde 1988, e enfrentariam o Seed 1 da AFC, Tennessee Titans, fora de casa.

No Divisional Round diante dos Titans, a partida foi decidida apenas no último lance, naquele que foi um dos melhores finais de semana da história do futebol americano. Triunfo preto e laranja, com o calouro Ryan McPhearson chutando o Field Goal da vitória com o cronômetro zerado para colocar a “zebra, mas já nem tanto” na grande final de conferência, diante do Kansas City Chiefs.

Joe Burrow e companhia agora possuíam um desafio muito maior pela frente: ir a Arrowhead e enfrentar o atual bicampeão da Conferência Americana, Kansas City Chiefs. No primeiro tempo, um passeio dos comandados de Andy Reid, mas na segunda metade, o jogo se transformou e os Bengals iniciaram uma reação que ficará na memória dos fãs de futebol americano (e principalmente de Cincinnati) por muito tempo. 

O duelo foi para a prorrogação, Patrick Mahomes foi interceptado e McPhearson chutou entre as traves para garantir o título da AFC para os Bengals e confirmar a presença da equipe de Ohio no Super Bowl LVI. A terceira participação dos Bengals no principal jogo da temporada do futebol americano, buscando o seu primeiro Vince Lombardi.

Atletas do Cincinnati Bengals celebrando a vitória diante dos Chiefs.
Atletas do Cincinnati Bengals celebrando a vitória diante dos Chiefs. | Foto: Reprodução.

O caminho do Los Angeles Rams

A trajetória dos Rams ao Super Bowl LVI, o qual será disputado justamente na casa da equipe de Los Angeles, é bem diferente do caminho traçado pelo seu adversário. No ano passado, ainda com Jared Goff como seu Quarterback, os Rams terminaram o ano com 10 vitórias, em segundo na NFC Leste, e se classificaram para a pós-temporada, onde enfrentam o Seattle Seahawks fora de casa.

Os comandados de Sean McVay venceram este duelo de Wild Card por 30 a 20, mas perderam na sequência para os Packers em Lambeau por 32 a 18. Com isso, a diretoria de LA decidiu que o momento de tentar ganhar era agora, e partiu para um verdadeiro All-In na offseason. 

No principal dos movimentos, trocou sua escolha de primeira rodada e Jared Goff por Mathew Stafford, mudando o patamar da equipe instantaneamente. Isso somado a nomes como Aaron Donald, Cooper Kupp (eleito Jogador Ofensivo do Ano) e Jalen Ramsey que já faziam parte do elenco dos Rams.

Perto da temporada começar, trocou pelo Running Back, Sony Michel, dos Patriots. Durante a temporada, trocou pelo futuro Hall da Fama Von Miller e assinou com Odell Beckham Junior. A aposta dos Rams se pagou, e a equipe foi campeã da sua divisão com 12 vitórias. O rival de divisão, Arizona Cardinals, seria o adversário de Los Angeles no Wild Card.

Em uma noite de terror para Kyler Murray, o time da casa venceu por 34 a 11, e viajaria para Tampa Bay para enfrentar os atuais campeões e Tom Brady no Divisional Round. Em um confronto absurdo que começou com um passeio dos Rams e quase terminou com uma das maiores “entregadas” da história da pós temporada da NFL, a conexão Stafford e Kupp apareceu mais uma vez na temporada e Los Angeles saiu vencedor do duelo que viria a ser a última partida da carreira de Tom Brady.

Na Final de Conferência, Los Angeles Rams e a surpresa San Francisco 49ers disputavam uma vaga no Super Bowl LVI. Em um duelo disputado até o final, o lado azul levou a melhor, vencendo por 20 a 17 e garantindo a presença na decisão da NFL pela primeira vez desde 2018, quando os Rams foram derrotados pelo New England Patriots. Pelo segundo ano seguido, uma equipe jogará o Super Bowl em seu próprio estádio, sendo que até a temporada passada, isso jamais havia acontecido.

Mathew Stafford, campeão da NFC com o Los Angeles Rams.
Mathew Stafford, campeão da NFC com o Los Angeles Rams. | Foto: Reprodução.

Trajetórias e abordagens completamente diferentes, mas que colocaram frente a frente, e em pé de igualdade, Los Angeles Rams e Cincinnati Bengals na disputa pela glória eterna, com a possibilidade de levantarem o Vince Lombardi na noite do próximo domingo. Mas o que pode fazer a diferença neste duelo tão equilibrado?

Do lado dos Bengals, a equipe possui um Quarterback jovem e em meteórica ascensão em Joe Burrow, com um grupo de recebedores e corredores muito talentosos. A defesa também é um destaque, sendo capaz de gerar muita pressão ao QB adversário e forçando os Turnovers em momentos decisivos da partida. 

Porém, o grande problema de Cincinnati está na linha ofensiva. Esta é sem dúvidas a unidade mais deficitária da equipe, a qual permitiu a Joe Burrow ser derrubado em mais de 50 oportunidades na temporada.

Se tratando de um confronto diante do Los Angeles Rams, esta preocupação se torna ainda maior. Com diversos nomes talentosos na linha defensiva, a unidade foi a melhor da NFL em 2021/22, e promete causar muita dor de cabeça para Joe Burrow neste Super Bowl LVI, contando ainda com uma secundária de qualidade, a qual possui o melhor Corner da liga em Jalen Ramsey, mas que cede as suas oportunidades de vez em quando.

No ataque, Mathew Stafford joga como o verdadeiro veterano que é, fazendo parecer que está nos Rams há uma década. Desenvolveu uma especial conexão com um dos melhores jogadores da liga esta temporada em Cooper Kupp. A dupla pode causar tanto estrago quanto Joe Burrow e Jamarr Chase, do lado laranja desta decisão.

Los Angeles Rams e Cincinnati Bengals disputam o Super Bowl LVI.
Los Angeles Rams e Cincinnati Bengals disputam o Super Bowl LVI. | Foto: Reprodução.

De um lado, Sean McVay e o Los Angeles Rams. Do outro, um discípulo de Sean McVay em Zac Taylor e o Cincinnati Bengals. Quem levará a melhor no Super Bowl LVI? Esta resposta é impossível de ser dada, e por mais que seja possível prever e analisar os pontos fortes e fracos de cada lado, nada disso importa quando a bola voar no próximo domingo, para o grande Super Bowl LVI entre Cincinnati Bengals e Los Angeles Rams.

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Por Filipe Saochuk – Fala! PUC-SP

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