De acordo com comissão eleitoral, Lukashenko venceu as eleições presidenciais concluídas na noite de ontem (9) com 80, 23% dos votos. Oposição garante que resultado é fraudado e respondeu com protestos.

Belarus, também chamada Bielorrússia, não tem uma votação considerada livre desde 1995, tendo Lukashenko como presidente há 26 anos. Além disso, ele é conhecido como o último ditador da Europa e é apoiado por chefes de Estado também conhecidos por suas tendências autoritárias, como Vladmir Putin e Xi Jinping, mandantes das Rússia e China respectivamente.
Milhares foram aos protestos nas ruas quando os resultados saíram. Aleksandr Lukashenko venceu com 80,23% dos votos, enquanto a opositora mais próxima, Svetlana Tikhanovskaya, obteve 9,9% mesmo com a sua campanha dando novo gás à população contra o regime antidemocrático.
A reação das autoridades foi reprimir o movimento, realizado por observadores pacíficos, jornalistas e estudantes em sua maioria. A polícia lançou gás lacrimogênio, disparou balas de borracha e usou canhões de água contra os manifestantes, além de prendê-los.
Em Minsk, capital do país, uma pessoa morreu e dezenas ficaram feridas de acordo com ONG de defesa dos direitos humanos Viasna. Já de acordo com o Ministério do Interior do país, não houve nenhuma morte.
Abaixo, imagens da violência contra os cidadãos bielorrusos por parte da polícia.
A reeleição e a repreensão violenta aos protestos geraram reações internacionais mistas. O presidente da Rússia e o presidente da República Popular da China parabenizaram Lukashenko, enquanto a Polônia pediu a realização de uma cúpula extraordinária na União Europeia sobre a situação da Bielorrúsia com a intenção de apoiar o povo em busca de sua liberdade.
Charles Michel, presidente do Conselho Europeu que define a agenda política do continente, reforçou que violência contra os protestantes não é a resposta e que direitos humanos básicos devem ser defendidos.
Liberdade de expressão, liberdade de reunião e direitos humanos básicos devem ser apoiados.”
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Por Domitilla Mariotti – Redação Fala!