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‘Paternidade’: leia a crítica do filme com o ator Kevin Hard

O filme Paternidade aborda temas importantíssimos, e merece uma atenção redobrada. Um exemplo disso é a falta de confiança das pessoas de que um pai possa criar sua filha sozinho e também suas dificuldades por não ter o apoio da sociedade. Um longa perfeito para a diversão e também para reflexão sobre os assuntos mostrados. Se você quer ver uma história de alguém que luta contra a má-fé das pessoas e supera isso, definitivamente esse filme é uma ótima opção. Não espere algo profundo, mas dê o play sabendo que essa família vai te emocionar muito.

Paternidade
Kevin Hard, em Paternidade. | Foto: Reprodução.

Paternidade – leia a crítica do sucesso da Netflix

Por contar com muitos pontos positivos, o roteiro poderia ter se aprofundado mais em alguns aspectos que foram mostrados rapidamente. Um exemplo muito claro disso são as passagens de tempo em partes inadequadas. Como na primeira mudança temporal, que deixou algumas pontas soltas, a começar pela dúvida se Matt (Kevin Hart) conseguiu encontrar um equilíbrio no emprego e nas tarefas com a bebê. O público apenas fica sabendo desse detalhe quando anos se passam, o que ocorre já na metade do filme. Além disso, os telespectadores ficam curiosos para saber como Matt conseguiu resolver alguns problemas durante a primeira fase da pequena Maddy.

Outro ponto pouco abordado é a história dos personagens secundários, como os melhores amigos do protagonista. Afinal, eles são partes importantes para a história, pois são eles que ajudam Matt nessa jornada completamente nova. Já outro ponto é em relação ao humor do personagem Jordan (Lil Real Howery), que parece não ter se encaixado muito com a proposta do filme, ficando assim um tanto forçado. O longa ainda deixa um pouco a desejar em detalhes sobre a vida de Oscar (Anthony Carrigan), que é muito importante para o arco de Matt (Hard) e Liz Swan (DeWanda Wise).

Por outro lado, a performance do comediante Kevin Hard é realmente excelente, ele conseguiu entregar o que o enredo promete, drama e comédia. O ator mostrou seu talento desde o começo quando o personagem vivia o luto e a raiva por perder a esposa, fugindo das entregas de humor a que Hard está acostumado. Algo muito positivo para esse filme, pois o humor dos protagonistas, Matt e Maddy, foi certeiro. A garotinha, com certeza, foi quem mais brilhou, com sua inteligência absurda para a sua idade e com piadas excelentes. Além disso, a atriz mirim Melody Hurd consegue demonstrar perfeitamente a maturidade que Maddy adquiriu ao ser criada sem a mãe e quanto essa perda afeta a vida da criança.

O filme Paternidade aborda temas de grande relevância social e, portanto, merece um lugar na sua sessão de cinema em casa do final de semana. Apesar de alguns detalhes que poderiam ter sido ajustados, isso não é relevante para que ele perca em qualidade de dramaturgia no roteiro e ainda permanece entre as narrativas de sucesso sobre a paternidade.

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Por Samantha Beduhn – Fala! Universidade Federal de Pelotas

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