O grupo OPNI, que originalmente significa Objetos Pixadores Não Identificados, é um coletivo de grafiteiros de São Mateus, zona leste de São Paulo, formado em 1997 com mais ou menos 20 integrantes.
Diante do quadro e das condições de vida na periferia, o grupo sempre buscou ir atrás de seu objetivo, que prevalece na luta por igualdade e melhoria da imagem e da educação de seus habitantes. A união e o esforço, em conjunto, resultaram em uma longa data de existência do grupo, com muito trabalho e os merecidos e necessários resultados, que têm o propósito de levar adiante uma causa de extrema importância para a valorização do graffiti e da cultura afro-brasileira, além de intensificar reflexões acerca de assuntos críticos da nossa atual sociedade, como a desigualdade e o preconceito.
Ao estabelecer parcerias com comunidades, ONGs, artistas ou até empresas, os projetos tomam cor, estrutura, e por fim se tornam realidade. “Esse Graffiti vai dar Samba”, “Revista Manifestação”, “São Mateus em Movimento” e “Quadro Negro”, são alguns exemplos de projetos que obtiveram sucesso, e continuam fazendo história. Mas, nesta matéria, vamos falar especificamente sobre a “Galeria a céu Aberto”.
Uma galeria exposta na rua é claramente um convite, uma deixa, ou simplesmente um novo meio de reproduzir e compartilhar conhecimento, no caso, por meio do graffiti. Mas, a ideia não para por aí, e pega também elementos da música, como trechos de letras de diferentes rappers, que se fundem em meio a arte grafiteira para trazer ainda mais informação aos olhos que passam por ali.
Os “muros ” escolhidos para serem grafitados são as próprias casas e barracos da periferia, marcada por cores neutras e padronizadas. Com tonalidades vivas e mensagens fortemente expressivas, os grafiteiros pintam a favela de um modo que proporciona inspiração a seus moradores, e diversifica sua realidade.
Dexter, KL Jay, Kamau, Xis e Thaíde, são alguns dos nomes que participaram do projeto, que está disponível em vídeo no canal Grupo OPNI, no Youtube.
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