Na quinta-feira (17), um jovem usando uma suástica nazista no braço foi flagrado no Caruaru Shopping em Pernambuco. O vídeo que mostra ele sendo expulso do local viralizou nas redes sociais e diversos usuários criticaram a apologia ao nazismo.
Ao ser abordado pelos seguranças, o rapaz de 17 anos, sem máscara, questionou o ato. “Eu estou na minha liberdade”, disse ele. “Você quer ficar famoso. Você não sabe nem que p***** é essa”, respondeu o responsável pela gravação do vídeo.
O Caruaru Shopping divulgou uma nota de esclarecimento e declarou ser contra qualquer apoio ao nazismo. “O Caruaru Shopping repudia toda e qualquer forma de apologia ao movimento Nazista. Diante do vídeo exposto em redes sociais, informamos que o usuário, nitidamente conturbado, foi flagrado pelo sistema de segurança do empreendimento, e de imediato, como visto nas imagens, foi abordado por um de nossos seguranças e expulso de nosso shopping. Aqui prezamos pela liberdade de expressão, de forma sadia e não conturbada.”
Secretário de Turismo de Maceió defende o jovem e declara que usar símbolo nazista é liberdade de expressão
No Twitter, Ricardo Santa Ritta (PDT) criticou a ação contra o rapaz que usava a suástica nazista. Segundo ele, a liberdade de expressão permite o apoio ao nazismo. “Hoje descobri que usar qualquer elemento com a ‘suástica’ é crime federal no Brasil. Pensava que a liberdade de expressão permitisse”, escreveu.
Após o comentário, a prefeitura de Maceió anunciou a demissão do secretário e sua conta na rede social foi derrubada.
Apologia ao nazismo é crime no Brasil
A Lei 7.716/1989 declara que utilizar a suástica nazista para fins de divulgação é crime e tem pena de reclusão de dois a cinco anos. “Fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”.
O regime nazista liderado por Adolf Hitler marcou a história da humanidade por propagar uma ideologia que assassinou milhares de pessoas de minorias sociais.
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Por Lucas Kelly – Redação Fala!