quinta-feira, 18 abril, 24
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Detenta trans Suzy, entrevistada por Drauzio Varella, foi condenada por matar criança

Uma reportagem feita para o Fantástico na semana passada sobre mulheres trans em presídios masculinos mostrou o Dr Drauzio Varella abraçando uma detenta trans, gerando polêmica nas redes sociais. Na noite de ontem (08) o nome da presidiária trans “Suzy” chegou aos trends do Twitter. Entenda:

suzy e drauzio varella
Suzy e Drauzio Varella

DRAUZIO VARELLA EXPÕE VIDA DE DETENTAS TRANS E EMOCIONA ESPECTADORES

Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos é o nome de batismo da detenta trans Suzy

A reportagem conduzida por Drauzio Varella comoveu o Brasil. Dias após sua exibição no Fantástico, Suzy, que alegou não receber visitas na cadeia há mais de 8 anos, passou a receber cartas de desconhecidos empáticos e, de acordo com a Folha de S. Paulo, a detenta já recebeu mais de 230 cartas. A reportagem visava mostrar a dificuldade da sobrevivência de mulheres trans em presídios masculinos, onde há violência e preconceito perante a elas.

Entretanto, na tarde de ontem (08), o Jornal “O Antagonista” divulgou o motivo pelo qual a Suzy está sendo mantida em carcere privado: a detenta trans, cujo o nome de batismo é Rafael Tadeu de Oliveira dos Santos teria estuprado e matado uma criança de 9 anos em 2010.

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Diversos internautas questionaram e repudiaram o compadecimento perante a detenta, tendo em vista o crime cometido. Em nota, o Dr. Drauzio Varella comentou sobre a polêmica, esclarecendo não saber o que Suzy havia feito para estar na prisão e que foi até a cadeia para cuidar da saúde mental dos detentos.

Há mais de 30 anos frequento presídios, onde trato da saúde de detentos e detentas. Em todos os lugares em que pratico a Medicina, seja no meu consultório ou nas penitenciárias, não pergunto sobre o que meus pacientes possam ter feito de errado.

Drauzio ainda explica o porquê de se manter distante desse tipo de informação:

Sigo essa conduta para que meu julgamento pessoal não me impeça de cumprir o juramento que fiz ao me tornar médico. No meu trabalho na televisão, sigo os mesmos princípios. No caso da reportagem veiculada pelo Fantástico na semana passada (1/3), não perguntei nada a respeito dos delitos cometidos pelas entrevistadas. Sou médico, não juiz

Disse Drauzio Varella em nota
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