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Crítica: Não Olhe Para Cima, novo sucesso da Netflix

Lançado na véspera de natal pela Netflix, o filme Não Olhe Para Cima já é um verdadeiro sucesso. Até o momento, encontra-se no top 1 no Brasil. A obra chamou atenção desde a divulgação, especialmente pelo elenco de alto nível, contando com grandes nomes como Jennifer Lawrence, Leonardo DiCaprio e Meryl Streep, além das participações dos cantores Kid Cudi e Ariana Grande.

No longa, dois astrônomos descobrem a existência de um cometa vindo em direção à Terra com potencial destrutivo. Durante o filme, acompanhamos Kate Dibiasky (Jennifer Lawrence) e o Dr. Randall  Mindy (Leonardo DiCaprio) na jornada de informar às autoridades e a população sobre o iminente risco gerado pelo cometa, que recebe o nome de Dibiasky, em homenagem à cientista. Assistimos às tentativas dos cientistas ao contatar a Nasa, a presidência e a mídia. A trama traz, com um toque de drama e comédia, discussões e reflexões relevantes para a sociedade atual. Confira a seguir a análise crítica de Não Olhe Para Cima.

Não Olhe Para Cima
Não Olhe Para Cima traz uma crítica ao negacionismo científico. | Foto: Reprodução/ Netflix

Análise Crítica de Não Olhe Para Cima

Não é uma surpresa dizer que o principal trabalho dos astrônomos foi provar que estavam dizendo a verdade e que o cometa Dibiasky, realmente, existia. Se num primeiro momento, as pessoas duvidam da história, no próximo segundo, acreditam e, no outro, já duvidam novamente. Por conta disso, os cientistas têm suas vidas viradas do avesso e a construção do comportamento dos personagens ao longo do filme é uma ótima forma de retratar a reação de cada pessoa não só ao fim do mundo, mas à vida.

Em meio ao negacionismo, o filme aborda a capacidade da persuasão através da influência, do poder e do imperialismo num país capitalista como os Estados Unidos. Não é à toa que temos o personagem Peter Isherwell (interpretado por Mark Rylance), dono da empresa de celulares Bash e – no longa – o terceiro homem mais rico do mundo, que utiliza de seu poder e dinheiro para impedir a destruição do cometa pelas autoridades, com o único objetivo de atingir seus interesses nos minerais contidos no cometa, que podem gerar uma melhoria e transformar a tecnologia.

O filme entrega muito mais, principalmente na mensagem crítica que apresenta e desenvolve sua narrativa apocalíptica da melhor maneira possível: beirando a comédia do início ao fim. Sendo um longa interessante para se assistir neste final de ano, trazendo reflexões, questionamentos e boas risadas sobre o fim do mundo.

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Por Isabel Bartolomeu – Fala! PUC SP

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