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Conheça cinco sociedades matriarcais

Apesar de serem escassas, há sociedades matriarcais ao redor do mundo. Saiba mais a seguir

Em todas as esferas da sociedade os homens dominam. Seja a área política, econômica, empresarial ou outras, os homens têm cargos de poder e influência, enquanto as mulheres se esforçam ao máximo para terem sua competência subjugada. Principalmente em países desenvolvidos, onde os cargos mais importantes são quase em sua totalidade de homens. 

Apesar de existir algumas exceções, como a primeira ministra da Islândia, Katrín Jakobsdóttir, e a presidente Tsai Ing-wen, em Taiwan, a política ainda é dominada por homens, o que fomenta o patriarcado e a necessidade da luta por igualdade de gênero. Os impactos de uma sociedade dominada por mulheres é imensurável. Basta apenas nos lembrarmos do ótimo desempenho de nações lideradas por mulheres na luta contra a Covid-19.   

Mas, na atualidade, ainda existem algumas – poucas – sociedades que são completamente matriarcais. São lugares com localizações remotas, onde as mulheres não só comandam o local, mas também herdam as terras, cuidam, criam e educam os filhos sozinhas, são elas:  

Sociedades matriarcais

1- Nagosivi

O povo Nagosivi está localizado no leste na Nova Guiné. A sociedade Nagosivi é divida em duas linhas matriarcais. Independente disso, as mulheres trabalham na terra e comandam-na. A parte mais revolucionária desse povo é o fato de que o casamento não é uma instituição. Nesse caso, se um homem e uma mulher cuidam do jardim, são vistos juntos e têm intimidade sexual, eles são considerados casados.

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Sociedade Nagosivi. | Foto: Reprodução.

2- Akan

Estão localizados quase em sua totalidade em Gana. A sociedade Akan está baseada em um sistema de matriarcado, em que toda a riqueza, política e herança são predeterminados. A comunidade Akan foi fundada por mulheres e, nessa sociedade, os homens estão naturalmente em cargos de liderança. Entretanto, os papéis são herdados por eles através de suas mães ou irmãs. Ou seja, é dever dos homens apoiar sua família. 

Akan
Akan. | Foto: Reprodução.

3- Bribri

É um grupo de mais ou menos 13 mil indígenas, que fica localizado na província de Limon, na Costa Rica. A população é organizada em clãs matriarcais, que pertence à mãe de um filho. O casamento é informal e, nesse caso, apenas as mulheres podem cuidar e herdar as terras, da mesma forma que o cacau, que é usado em rituais sagrados. 

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Bribri. | Foto: Reprodução.

4- Mosuo

Vive perto da fronteira com o Tibet e, provavelmente, é a sociedade mais matriarcal que exista na atualidade. As propriedades são apenas dadas às mulheres e herdadas pelos seus filhos, que nascem para carregar o nome da mãe. Aqui, não existe casamento institucionalizado e as mulheres escolhem seus companheiros indo na casa deles. Porém, os casais nunca moram juntos e, por isso, as crianças são criadas completamente por suas mães. A participação dos pais é mínima, a ponto dos filhos muitas vezes nem saberem quem são seus pais. 

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Comunidade Mosuo. | Foto: Reprodução.

5- Minangkabau

Vive no oeste da Sumatra, na Indonésia, com uma sociedade comportada por praticamente 4 milhões de pessoas, ou seja, é a maior sociedade matrilinear do mundo. Existe a crença de que as mães são as pessoas mais importantes da sociedade e isso impõe que toda propriedade deve ser passada de mãe para filha. As mulheres governam internamente e os homens cuidam da parte política e religiosa. Quando casadas, as mulheres recebem seus próprios aposentos e os homens devem, todo dias, voltar à casa da mãe para tomar café da manhã.

Minangkabau
Sociedade Minangkabau. | Foto: Reprodução.

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Por Júlia Girão – Fala! Cásper

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