quinta-feira, 28 março, 24
HomeLifestyleComo saber se você está pronto para ter um animal de estimação?

Como saber se você está pronto para ter um animal de estimação?

Animais de estimação acompanham a humanidade há muito tempo. A vontade de tê-los pode surgir tanto na infância quanto na vida adulta e idosa, aqui no Brasil ou lá no Japão. A prática de conviver com um pet é muito valiosa, pois independe de idade, cultura, costumes ou religiões. Todavia, ter um bichinho não é tão simples quanto parece. A impulsividade, muitas vezes, atrapalha as decisões e é por isso que eu trouxe 7 tópicos para você saber se está realmente pronto para ter um animal de estimação!

animal de estimação
Veja como saber se você está pronto para ter um animal de estimação. | Foto: Reprodução.

Como saber se você está pronto para ter um animal de estimação?

1. Consentimento 

Antes de tudo, é necessário que todos os moradores da sua residência estejam de acordo com a inclusão de um animal na casa. Ter um pet exige muito amor, esforço e comprometimento – o que acaba sendo inviável caso uma das pessoas não esteja disposta a arcar com essas responsabilidades. Uma boa conversa com os envolvidos é imprescindível para ter uma convivência agradável.

2. Escolha do animal

Após o consentimento de todos, é preciso avaliar qual animal melhor se enquadra ao estilo de vida da família ou do grupo. Existe uma variedade de escolhas para serem feitas e essas decisões devem ser tomadas com base nas vontades e possibilidades que cada pessoa tem. 

Para começar, temos o ‘‘melhor amigo do homem’’: os cachorros. Brincalhões e afetivos, eles são a melhor opção para quem procura alegria e compaixão. Entretanto, é essencial lembrar que esses animais exigem uma certa permanência do dono em casa, um espaço grande para se movimentarem e muita atenção, pois precisam passear e serem alimentados pelo menos 3 vezes ao dia – além de, claro, o adestramento para fazer as suas necessidades no local correto e banhos quinzenais.

Em seguida, no ranking de pets mais amados, temos os gatos: discretos e reservados, eles são ideais para aqueles que não têm um espaço tão grande em casa e não querem ter muito trabalho em relação aos cuidados. As principais diferenças entre os cães e gatos são que eles não precisam sair para passear, não precisam ser treinados para fazer as necessidades (já sabem utilizar a caixa de areia) nem tomar banho (pois eles mesmos conseguem se limpar), tornando a vida dos donos muito mais fácil. Mas não se engane! Eles precisam de tanto comprometimento quanto os cães. Sobre o afeto, ainda há quem diga que gatos não são carinhosos – muito pelo contrário – eles adoram ficar perto e receber carinho, apenas possuem maior independência e geralmente são introvertidos. Gatos são a decisão perfeita para quem procura sossego, mas não quer deixar de ter um fiel companheiro. 

Para os menos convencionais, temos as aves, peixes, roedores e répteis. A grande maioria é mais simples de se cuidar do que cães e gatos, portanto, para uma escolha mais tranquila, essas categorias são ideais. As aves necessitam de uma grande gaiola e podem ser barulhentas – mas são animais agradáveis e conseguem interagir bastante com os seus donos. Os peixes são perfeitos para quem procura um pet silencioso e que não exige afeto – os únicos cuidados são alimentação diária e limpeza periódica do aquário. Já os roedores, como os hamsters, por serem pequenos, não precisam de um espaço muito grande e exigem menos atenção e responsabilidades: incríveis para quem procura uma convivência interessante e suave. Por fim, os répteis, menos comuns, podem ser uma opção de parceria duradoura: as tartarugas, por exemplo, têm uma estimativa de vida de 50 anos, dependendo da espécie. Essa decisão deve ser tomada com muita cautela e planejamento, pois esses animais precisam viver em habitats específicos e em lugares espaçosos. Por outro lado, no entanto, não necessitam de muito afeto, podem ser completamente independentes nesse quesito.  

adotar um animal
Animais que podem ser adotados ou comprados. | Foto: Reprodução.

3. Adoção e compra de um animal

Adotar ou comprar? Esse é um assunto muito polêmico e pode ser considerado uma das maiores dúvidas na hora de adquirir um animal. É fundamental entender o que essas ações significam e qual o impacto delas na sociedade: adotar é um ato de amor e, como já é de conhecimento geral, a população de animais de rua cresce cada vez mais e existem milhares de ONGs que os resgatam e possibilitam a adoção. Ou seja, ao adotar, você contribuirá para que a vida desses pets seja melhor e dará a oportunidade que todos eles merecem.

Caso a sua decisão seja comprar, é crucial fazer uma aquisição responsável e assumir as consequências desse ato: o comércio de animais de estimação (principalmente de cães e gatos) é extremamente lucrativo e, infelizmente, existe muito mau-caratismo em relação às pessoas que estão envolvidas neste mercado. Portanto, é mais do que essencial fazer uma pesquisa sobre os criadores, a procedência e verificar a forma como os animais são tratados nesses lugares. Lembre-se, ao comprar com vendedores clandestinos, você contribuirá e financiará práticas cruéis. 

4. Custos

De início, os gastos com o pet podem não parecer tão altos: em geral, somente com ração e banhos periódicos. Entretanto, é preciso ter uma visão a longo prazo: seu animal pode precisar de cuidados médicos que, na maior parte das vezes, não são baratos. Além do custo com eventuais hotéis, que são necessários caso os donos façam uma viagem e não tenham com quem deixá-los.

5. Viagens

Em relação ao final do tópico anterior, é substancial pensar onde e com quem deixar seu pet caso você tenha que viajar. Para essas situações, existem três alternativas (caso você não possa levá-lo): a primeira são os hotéis destinados somente para animais, nos quais é necessário pagar uma diária assim como nós fazemos; a segunda é contratar um pet sitter, que seria uma pessoa responsável por cuidar do seu pet na sua própria casa ou na dele; e a terceira é deixá-lo com alguém de confiança. Desse modo, se você for uma pessoa que faz viagens longas e constantes, talvez não seja a melhor opção ter um animal no momento.

6. Estimativa de vida

Outra reflexão importantíssima que deve ser feita é a estimativa de vida: a maioria dos pets citados aqui vivem mais de 10 anos. Dessa forma, é indispensável discutir sobre os objetivos e metas que os donos querem atingir e realizar nesse período. Animais não podem ser abandonados e descartados quando é conveniente para o ser humano, portanto, é preciso ter comprometimento com o futuro e imaginar como o pet faria parte dele.

7. Amor

Dessa forma, devo, enfim, falar sobre amor. Além de todas as burocracias e dificuldades que citei aqui, ter um animal de estimação é sobre amar e ser amado. Eles são sensíveis, te confortam e estão ali somente para você. Superar todas as adversidades vale a pena,  pois chegar em casa depois de um dia ruim nem faz diferença quando seu companheiro está ali pronto para te receber.

De modo geral, estar pronto para ter um animal é estar pronto para ter um ser vivo completamente dependente de você. As responsabilidades são todas suas, mas, em retribuição, ele será seu melhor amigo e te amará incondicionalmente. 

Aqueles que mais ensinam sobre humanidade nem sempre são humanos.

Donald L. Hicks.

___________________________
Por Giulia Zerbinato – Fala! Cásper

ARTIGOS RECOMENDADOS