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Como o uso da maquiagem se desenvolveu ao longo da história?

A prática da maquiagem não é uma novidade, desde a era paleolítica o homem já usava substâncias naturais para pintar seu corpo para se diferenciar dos demais. Embora os propósitos tenham mudado – assim como o desenvolvimento das técnicas e produtos – hoje em dia, o uso de maquiagens em si próprio ou em alguém vai muito além de apenas “pintar” um rosto, acaba envolvendo até mesmo, de forma involuntária, aspectos como auto-estima, confiança, diversão e até mesmo trabalho.

Sendo assim, a maquiagem já evoluiu de forma significativa, mas continua nesse processo a cada dia, o que é bem perceptível com as tendências quase impossíveis de acompanhar.

A evolução da maquiagem durante a história

Voltando ao passado, estudiosos da área afirmam que a maquiagem começou a ser utilizada, oficialmente, pelos faraós e rainhas do Egito Antigo, visto que as substâncias utilizadas eram de difícil acesso. Os produtos eram compostos por ingredientes (muitas vezes tóxicos) como o chumbo, gordura vegetal e animal, que neste caso formavam o Kohl – produto usado para delinear a área dos olhos, pois os egípcios acreditavam que os protegiam do Deus Rá.

A maquiagem do Egito Antigo destacava seus olhos como forma de proteção.
A maquiagem do Egito Antigo destacava seus olhos como forma de proteção. | Foto: Reprodução.

Cleópatra foi uma personalidade importante para a popularização desses hábitos estéticos, levando em consideração sua inteligência, que a tornou capaz de levar esses costumes para a população da Grécia e Roma Antigas, eles adquiriram esses hábitos de forma mais sutil. A rainha também passou a utilizar componentes naturais, como argila branca e leite de cabra, para fazer o que conhecemos hoje em dia como skin care (prática de cuidados com a pele), para encaixar-se nos padrões estéticos da época. Naquele tempo, era comum que mulheres tivessem a pele clara – para representar o tempo que passavam em casa -,  enquanto os homens tinham a pele escura – por conta de seus trabalhos externos.

As crenças da Igreja Católica acabaram afetando no uso das maquiagens da época, mas foi na Idade Média que ela ressurgiu, principalmente devido à criação e difusão do pó de arroz nos países orientais, além da Itália e França terem se tornado as principais fabricantes dos produtos conhecidos nesse período, transformando estes em objetos de luxo, utilizados apenas pela nobreza, um exemplo disso é a Rainha Elizabeth I. Com isso, a ideia do uso da maquiagem começou a ser vista como vulgar, então as mulheres usavam de forma discreta, praticamente escondida, ou muitas vezes encontravam uma maneira de ter efeitos parecidos com a maquiagem de forma “natural”, como mordendo os lábios e beliscando as bochechas.

A Rainha Elisabeth I é um grande exemplo da moda na Idade Média.
A Rainha Elisabeth I é um grande exemplo da moda na Idade Média. | Foto: Reprodução.

Por volta do século XX, muitas atrizes se tornaram algo além de estrelas de cinema, como ícones que influenciaram as tendências da época, alguns exemplos são Marilyn Monroe, Carmen Miranda e Grace Kelly, com seus looks marcados principalmente por batons vermelhos. A produção de produtos cosméticos foi se fortalecendo cada vez mais, até o início da Segunda Guerra Mundial, em 1940, quando a prioridade deixou de ser produtos cosméticos para acentuar a produção da indústria bélica, então as mulheres buscaram outras alternativas como usar graxa de sapatos nos cílios, substituindo o rímel.

O século XX marca o renascimnto da maquiagem e a descoberta do batom vermelho.
O século XX marca o renascimnto da maquiagem e a descoberta do batom vermelho. | Foto: Reprodução.

Foi daí que surgiu o rumor de que os produtos cosméticos envelhecem e estragam a pele, porque antigamente eles realmente eram nocivos, embora hoje em dia aconteça o contrário, os produtos possuem tecnologias capazes de, até mesmo, cuidar da pele enquanto nos embelezam (dermocosméticos), graças à evolução dos estudos e conhecimentos usados nas atuais produções. Hoje em dia as tendências são as principais peças do quebra-cabeça que vão formando os estilos de maquiagem, que acabam sendo mais espontâneos e de fácil acesso em relação às práticas de antigamente.

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Por Ana Carolina do Nascimento Yamazaki – Fala! Mack

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