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Cidade Invisível: Relembre as histórias do folclore brasileiro

Cidade Invisível, nova série brasileira de ficção e fantasia da Netflix, aborda a existência de criaturas do folclore brasileiro. Saiba mais

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Cidade Invisível: série da Netflix retrata existência de criaturas do folclore brasileiro. | Foto: Montagem.

Cidade Invisível: Nova série da Netflix aborda folclore brasileiro em sua trama

A nova série brasileira da Netflix, Cidade Invisível, vem conquistando fãs desde sua estreia, no início do mês de fevereiro. A trama aborda a vida do guarda-ambiental Eric, que tenta desvendar o mistério por traz de uma perda familiar e descobre a existência de criaturas folclóricas, que habitam nos subúrbios do Rio de Janeiro.

Dentre os personagens da série, estão os clássicos do folclore brasileiro como a Cuca, Iara, Saci, Curupira e o Boto cor-de-rosa. No entanto, a trama também traz representatividade para lendas brasileiras menos conhecidas, como o Tutu Marambá e o Unhudo. Relembre as histórias dessas lendas culturais:

Cuca

Uma das lendas mais famosas do Brasil é a da Cuca, uma bruxa velha e assustadora com cabeça de jacaré e unhas imensas. Em sua lenda, a Cuca rapta as crianças desobedientes que não dormem na hora certa.

Dorme neném
Que a Cuca via pegar
Papai foi na roça
E mamãe foi trabalhar

Citação da canção popular “nana neném”

Saci

Outro personagem folclórico muito conhecido no Brasil é o saci-pererê, um ser mítico muito travesso que mora na floresta. Suas características mais marcantes são a ausência de uma perna, seu gorro vermelho e um cachimbo. Saci é famoso por fazer travessuras e bagunça, sendo muito bom em esconder seu rastro.

Reza a lenda que Saci pode provocar um tornado para confundir suas vítimas e poder sair ileso de suas travessuras, mas, caso a pessoa em quem Saci esteja mexendo lance uma peneira no meio do redemoinho, ela pode o prender em uma garrafa e retirar seu gorro. Assim ele perde seus poderes sobrenaturais.

Muitas versões da lenda dizem que o Saci é um ser bem pequenininho e outras alegam que ele pode chegar até 3 metros de altura caso queira. A história de como esse personagem perdeu a perna também é controvérsia. Algumas versões alegam que o menino perdeu a perna lutando capoeira e outras dizem que ele sempre foi assim, não possuindo nem perna direita e nem esquerda, mas sim uma perna central que lhe proporciona equilíbrio.

Iara

A história de Iara tem um começo triste. De acordo com a lenda, Iara era uma índia que foi morta por seu companheiro e jogada na água. No entanto, ela foi salva pelos peixes e, como era noite de lua cheia, foi transformada em sereia. Nos dias de hoje, a lenda da Iara é representada por uma linda sereia que atrai homens com o seu belo canto para o fundo dos rios, de onde eles nunca mais voltam.

Curupira

Curupira, também conhecido como Caipora, é um ser de fogo que tem como missão proteger as florestas brasileiras. De acordo com o folclore, para espantar caçadores e outras pessoas que representam ameaças para a natureza, o Curupira utiliza sons, assobios de lobo, barulhos da mata, vento e até mesmo o fogo para espantar os invasores. Uma das características mais marcantes desse personagem são os pés virados para trás, pois, dessa forma, confunde as pessoas.

Boto Cor-de-rosa

No folclore brasileiro, o boto (uma espécie comum no Norte do País) se transforma em homem nas noites de lua cheia. Enquanto está em terra, veste-se de maneira elegante e com um grande chapéu branco, que ajuda a esconder o buraco que há em sua cabeça.

O Boto vai a festas, principalmente nas comemorações juninas, e encanta a solteira mais bonita do local. Descrito como um homem muito bonito, galanteador e atraente, ele leva as mulheres para o fundo do rio e as engravida.

Pela manhã, as jovens acordam em terra e o misterioso homem desaparece. As crianças conhecidas como “os filhos do boto” são aquelas que desconhecem a identidade de seus pais. Há versões da lenda que afirmam que essas mulheres são atraídas para o fundo do rio e nunca mais retornam.

Tutu Marambá

Sendo pouco conhecido no folclore brasileiro, o Tutu Marabá faz parte da família dos Bichos Papões. Na série Cidade Invisível, esse folclore é representado por um porco do mato, uma das formas menos conhecidas da lenda, que geralmente é narrado como uma sombra que atormenta crianças à noite.

Unhudo

O Corposeco, também conhecido como Unhudo, é outra lenda brasileira pouco conhecida. Sendo o grande vilão da série Cidade Invisível, o Unhudo é um cadáver cujo o espírito não foi aceito nem pelo céu e nem pelo inferno. Também chamado de Bradador, esse folclore foi descrito por Basílio de Magalhães como:

Homem maligno e que agrediu a própria mãe que ao morrer, nem Deus nem o diabo o quiseram e a própria terra o repeliu e, um dia, mirrado, defecado, com a pele engelhada sobre os ossos, da tumba se levantou, em obediência a seu fado, vagando e assombrando os viventes, na caladas da noite.

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Por Brenda Umbelino e Luiza Nascimento – Redação Fala!

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