As produções brasileiras que sempre foram esquecidas e diminuídas, ganham cada vez mais espaço no mercado internacional de cinema. A Netflix, por sua vez, deu voz à cultura nacional com a série Cidade Invisível que, diga-se de passagem, é fascinante.
A representatividade do folclore brasileiro e a defesa das nossas florestas é nítida em todos os momentos da narrativa. Lendas como Cuca, Saci, Mãe d’água e Curupira saem dos contos infantis e se tornam parte de uma narrativa ainda mais próxima.
Cidade Invisível Netflix
O elenco de Cidade Invisível é sensacional, dá vida aos personagens de forma única. Marco Pigossi que interpreta com muita sensibilidade um marido em luto lidando com os conflitos que surgiram após a partida da esposa. Alessandra, por sua vez, consegue dar vida à Cuca de uma maneira singular, com um ar de mistério e medo.
Criada por Carlos Saldanha e com um elenco de peso como Marco Pigossi e Alessandra Negrini, a série conta a história de um detetive atormentado pelas investigações do assassinato de sua esposa, que se envolve em uma batalha entre o mundo visível e um reino desconhecido habitado por criaturas folclóricas.
Cidade Invisível é uma narrativa que ressignifica o folclore brasileiro, misturando personagens de norte a sul e fazendo com que coexistem no Rio de Janeiro, entre pessoas comuns e cheias de vícios, em nada tão mágicas porque já estão atendendo ao chamado do “urbano”.
No geral, Cidade Invisível não se resume apenas à trama policial ou à mitologia folclórica, as relações familiares são parte importante da produção. Já os efeitos especiais são excelentes, usados sem exageros e inseridos nos momentos certos na trama.
A trilha sonora, deixa a série ainda mais íntima aos brasileiros com as músicas nacionais. Destaque para versão de Jéssica/Camila para Ave, Lúcifer, a canção dos Mutantes famosa na voz de Rita Lee.
Em resumo: a cultura brasileira é extremamente bem apresentada ao mundo e sem os famosos clichês usados para apresentar o Brasil nos filmes internacionais.
Confira o trailer de Cidade Invisível:
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Por Alexandre Melo – Fala! Mack