sábado, 7 dezembro, 24
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Caipora: qual a origem da lenda do folclore brasileiro

Caipora é um personagem do folclore brasileiro e sua origem é indígena. Caapora, do Tupi-Guarani, significa “habitante do mato”, que assim como outros personagens nacionais – Curupira, Saci-Pererê, Mãe-do-Mato e Matinta Pereira – vivem em harmonia com a floresta e seus povos nativos, além de ser também um guardião da fauna e da flora. Há quem diga que, nos fins de semana e nos dias santos, o poder desse personagem se intensifica.

caipora
Representação da Caipora. | Foto: Reprodução.

Caipora

Caipora apresenta diferenças mórficas que variam de região para região no Brasil. Em algumas delas, a ou o Caipora é uma índia anã de cabelos com tons avermelhados e de orelhas pontudas, com a pele que pode apresentar as cores vermelha ou verde; em outras, é um índio de pele escura e com o corpo coberto de pelos, que anda munido com uma lança afiada e montado em um porco selvagem do mato.      

Como o Curupira e o Saci-Pererê, Caipora também apronta com caçadores que adentram as matas com o objetivo de desmatar e de praticar a caça por prazer, criando armadilhas, confundindo-os e fazendo com que se percam. Tem domínio sobre as ações dos animais e também o poder de ressuscitá-los quando mortos.

Uma característica bastante conhecida desse personagem folclórico é o apreço pelo fumo, como também ocorre com outro personagem também bastante curioso: a Matinta Pereira. Por isso, uma forma de aproximação daqueles que precisam caçar para prover o sustento próprio ou que pretendem adentrar a floresta sem conhecê-la, é oferecer-lhe fumo de corda e deixá-lo próximo ao tronco de uma árvore. Feito o acordo, a caça sem exageros é autorizada, com exceção das fêmeas grávidas, que devem ser poupadas do abate para a preservação da espécie.

A consciência ecológica e a necessidade de harmonia entre a humanidade e o meio ambiente são o ponto central de muitas lendas e contos folclóricos nacionais. Que o tempo, a rotina e a agitação de todos os dias não deixem essas histórias, seus conhecimentos e suas mensagens se perderem no esquecimento. Um povo sem memória deixa de saber quem é e passa a não mais existir.  

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Por Tassia Malena Leal Costa – Fala! Universidade Federal do Amapá

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