Por Marina Fontenelle – Fala!PUC
Quando Deadpool (2016) foi lançado nos cinemas, creio que assim como eu, todos que são fãs do personagem se sentiram aliviados depois do fiasco que foi sua participação em X-MEN ORIGINS: WOLVERINE. E também foi a redenção de Ryan Reynolds no mundo dos super-heróis, depois de fazer o mesmo personagem no filme citado e também o fracasso LANTERNA VERDE (2011). O primeiro Deadpool surpreendeu por inovar no gênero, e trazer as grandes piadas que marcam o personagem nos quadrinhos e seu acido sarcasmo para as telas de cinema, quebrando a quarta parede com maestria e fazendo piadas e brincadeiras relacionadas a cultura pop que fez com que todos nas salas gargalhassem.
Por isso, quando DEADPOOL 2 (2018) foi lançado, a expectativa era alta. Mas creio que o filme decepcionou dessa vez. Não adianta apontar que o que fez o primeiro filme ter sucesso foi o fator surpresa, pois esse não foi o motivo que a continuação não funciona tão bem.
A trama que tende a levar para momentos mais sérios e sentimentais é constantemente interrompida por um humor mastigado e extremamente explicado; piadas muito previsíveis não permitem que o telespectador entre na história. Você assiste o filme e, ao contrario do primeiro, existem poucos momentos de gargalhada, e muitos momentos onde você apenas esboça um sorriso.
As melhores partes do filme dirigido por David Leitch, que dirigiu bons filmes como ATÔMICA (2017), são justamente os momentos de seriedade, que fazem com que você entre mais naquele mundo. Mesmo assim, esses momentos são constantemente interrompidos por piadas que não entregam como deveriam. A computação gráfica do filme decaiu bastante em relação ao primeiro, e minha impressão é que ele precisaria ainda de alguns meses para estar mais trabalhado.
DEADPOOL 2 é um filme que não marca. Quando sair da sala de cinema, você não irá pensar muito nele depois – como é o caso do primeiro, lembrado com carinho por todos os fãs. Não é um filme ruim, mas não chega ao patamar do primeiro.
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