Assim como o Homem-Aranha, Kamala Khan é uma adolescente “gente como a gente” e envolve muita representatividade e personalidade cultural
Não é segredo que as produções da Marvel surpreendem mais a cada ano. E em 2021, com o início de sua fase 4, o estúdio resolveu ampliar ainda mais sua magnitude. Em parceria com a Disney, novas produções para a TV abordando nossos personagens favoritos – e já conhecidos da franquia Vingadores – estão sendo preparadas, como WandaVision, Loki, Falcão e Soldado Invernal e muitos outros.
Contudo, o estúdio também está disposto a investir em novas histórias e novos personagens. Uma dessas apostas é Kamala Khan, a famosa Miss Marvel, uma super-heroína jovem com muita profundidade. Em 2019, no D23 Expo, evento da Walt Disney, Kevin Feige, produtor cinematográfico e presidente da Marvel Studios, anunciou a série sobre a adolescente queridinha dos quadrinhos, deixando os fãs curiosos para saber como seria a adaptação da personagem.
Entretanto, Kamala, apesar de ser muito querida nos quadrinhos, ainda é pouco conhecida entre os fãs que acompanharam apenas os filmes. Por isso, confira, abaixo, quem é e qual a importância de Kamala Khan para o universo cinematográfico da Marvel!
Quem é Kamala Khan?
Nascida e criada em Jersey City (Nova Jersey), Kamala Khan é filha de paquistaneses que imigraram para os Estados Unidos. A história, escrita por G. Willow Wilson, acompanha a vida da garota de dezesseis anos que, após sair escondida para uma festa, entra em contato com a Névoa Terrígena, uma nuvem que altera seu DNA e faz Kamala ganhar poderes de elasticidade e virar transmorfa.
Assim, tentando entender as – muitas – mudanças repentinas em seu corpo, a jovem assume o posto de Miss Marvel, antes pertencente a Carol Danvers. Todavia, a nova identidade de Kamala como super-heroína entra em conflito com sua personalidade ao reconhecer que, ao contrário da atual Capitã Marvel, a jovem não é branca, loira ou tem olhos azuis. E essa é apenas a ponta do iceberg que envolve a importância da garota para a nova geração de jovens.
A importância de Kamala Khan para a Marvel
Kamala, como citado anteriormente, é filha de paquistaneses e, por isso, está muito envolvida com a religião islâmica, ainda que esta entre em conflito com seus hábitos norte-americanos às vezes. Assim, a garota não é exatamente igual a maioria das garotas estadunidenses, impulsionando-a a criar, após muitas autodescobertas, uma nova personalidade e identidade para o nome Miss Marvel.
Além disso, Khan é uma adolescente de dezesseis anos, tópico que a torna extremamente atrativa para jovens que gostam de super-heróis, uma vez que suas realidades são parecidas com as da personagem. Ótima escritora e orgulhosa de ser nerd, a garota cria diversas fanfics sobre os Vingadores, atividade que a maioria dos adolescentes já pensou em produzir ou consumir alguma vez na vida.
Essa mesma estratégia, de trazer personagens jovens já havia sido usada pela Marvel com Peter Parker, o Homem-Aranha, que também tinha inseguranças, atividades e pensamentos da geração adolescente. Porém, Kamala faz história ao também ser diferente do vingador, uma vez que foge da figura masculina branca e tem uma realidade muito diferente daquela experienciada pelo garoto.
Ademais, Khan é muito poderosa e luta pelo poder feminino como todas as heroínas da Marvel, mostrando sua força e autenticidade ao decorrer de suas aventuras e comentários carismáticos. Logo, toda essa representação é o carro-chefe da Miss Marvel: uma mulher, muçulmana, paquistanesa e nerd.
Recentemente, foi confirmada que a atriz canadense Iman Vellani será Kamala Khan na série Miss Marvel, produzida pela plataforma Disney+ e com previsão de lançamento para 2021. Além disso, Iman também representará a jovem heroína no próximo filme da Capitã Marvel, agendado para 2022.
Desse modo, trazer a história de Kamala para o cinema e para a televisão é de extrema relevância para contribuir com uma maior visibilidade e representatividade de outras culturas, além de ser uma ótima maneira de celebrar a diversidade e a força presentes na história da jovem.
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Por Letícia Lopes – Fala! Cásper
