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Conheça a origem das máscaras de Veneza, utilizadas no Carnaval

Por que nos fantasiamos no Carnaval ou A Festa da Carne, As Máscaras e a Folia?

Surgidas em Veneza, na Itália, por volta do século XII, as máscaras venezianas de Carnaval, como a conhecemos hoje, possuem uma longa e rica trajetória que começa ainda na idade média. Os primeiros indícios desse Carnaval remontam ao ano de 1162, período em que a República Della Serenissima vence a batalha contra Ulrico, patriarca de Aquileia, que havia anteriormente invadido a cidade.

Como punição pela derrota, Ulrico foi obrigado a pagar o montante referente a 12 porcos e 1 touro, o que na época era bastante. Desde então, no mesmo período e local (Praça de São Marcos), manteve-se a tradição anual de matar o mesmo quantitativo de animais (daí o termo ‘Carnaval’, que quer dizer ‘festa da carne’) em alusão à comemoração pela vitória, dando-se início à “sexta-feira gorda”. Nesta data, ofereciam-se em toda a cidade banquetes, espetáculos circenses e teatrais, regados a muitas apresentações musicais e danças.

Contudo, o baile de máscaras, ou festa à fantasia, só surgiu bem mais tarde. Foi a partir da segunda metade do século XVII, a partir da Comedia Dell’ Art, o teatro cômico de Carlo Goldonni surgido no século anterior, que alguns personagens se tornaram imortalizados e, ainda hoje, tanto tempo depois, se fazem presentes nos carnavais de salão e de rua, são eles: Arlequim, Columbina, Pierrô, Zanni Unno e o corcunda narigudo Pulcinella.

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As máscaras de Veneza são conhecidas por serem utilizadas no Carnaval. | Foto: Reprodução.

Quem usava as máscaras de Veneza

Durante o período carnavalesco em Veneza, nobres e plebeus misturavam-se uns aos outros disfarçados por meio de fantasias e máscaras que cobriam o rosto parcial ou completamente. Com a identidade do brincante preservada, tudo ficava bem mais fácil. Havia já naquele momento uma diversidade de máscaras e as mais conhecidas entre todas eram a Mataccino e a Bautta, sendo esta última composta por máscara, capa ou tricórnio e chapéu de três pontas.

Com o passar do tempo, os bailes de máscaras se tornaram cada vez maiores e mais luxuosos, com duração até o ano de 1797, período em que Veneza fica sob a tutela de Napoleão. Depois disso, a festa só é retomada no século XX, em 1979. A partir de então, a festa sempre ocorre antes da Quaresma e tem duração de 10 dias.

Atualmente, as máscaras e fantasias são artigos indispensáveis quando se pensa em Carnaval e mesmo sabendo que em 2021 não vai haver a festa, não sai da gente essa vontade de se divertir, de se mascarar e brincar por aí. Quem sabe no ano que vem, depois que tudo isso passar, a gente não canta “foi bom te ver outra vez/ está fazendo um ano/ foi no carnaval que passou […] vou beijar-te agora, não me leve a mal/ hoje é carnaval”. 

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Por Tassia Malena Leal Costa – Fala! Universidade Federal do Amapá

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