Desde 2019, com a Copa do Mundo na França, o futebol feminino vem ganhando cada vez mais visibilidade e, com isso, novos adeptos. No entanto, a grande mídia faz uma cobertura escassa e que, muitas vezes, carece de informações que o público gostaria de ver. Como solução para esse problema, estão surgindo diversas páginas na Internet que cobrem a modalidade, seja ela em âmbito nacional ou internacional.
Esses portais têm utilizado as redes sociais para divulgar suas informações, principalmente o Twitter e o Instagram. A escolha desses meios se dá, pois, além deles permitem uma maior interação do público com a notícia, são os locais onde o principal público do futebol feminino se encontra.
Todavia, apesar das páginas conseguirem trazer muitas análises e informações sobre os jogos e jogadoras, elas são difíceis de encontrar, pois os meios oficiais raramente divulgam dados. Tiago Ferreira, criador da página FF De Primeira, comentou sobre essa dificuldade.
O futebol feminino é basicamente pesquisa, tem que garimpar muito esse tipo de coisa, agora está começando a ter sites grandes e empresas de scout que estão começando a trazer o futebol feminino para fazer parte desse catálogo de dados. Mas ainda é muita pesquisa, até porque a plataforma que a gente usa não tem tudo lá.
afirmou.
Futebol feminino em meio ao jornalismo independente
Mesmo com as adversidades encontradas, esse jornalismo independente vem fazendo um ótimo serviço e ajudando a modalidade a crescer. Tiago salientou a importância desse trabalho que vem sendo feito, principalmente por aumentar o engajamento do futebol feminino, além de mostrar as coisas boas que a modalidade possui. Por conta desse bom trabalho, o criador do De Primeira afirmou que as páginas estão cada vez ganhando mais espaço na mídia, principalmente nas entrevistas coletivas realizadas pelos times.
Como visto, a modalidade ganha muito com a presença das mídias independentes, pois, além delas ajudarem o futebol feminino a crescer, elas fazem com que haja um maior interesse e engajamento do público com os jogos e as jogadoras. A torcida também é beneficiada com essa situação, pois consegue ter acesso a informações que as mídias oficiais dificilmente divulgam.
Então, apesar das grandes emissoras terem um importante papel transmitindo e levando informações para um público maior, os torcedores devem continuar contribuindo com esse jornalismo independente, seja interagindo, dando engajamento ou, até mesmo, ajudando financeiramente. Pois se o futebol feminino está se desenvolvendo de uma maneira avançada, é porque os portais da Internet estão fazendo um ótimo trabalho.
________________________________
Por Tatiana Carvalho – Fala! ESPM