Muitos jovens sonham com a compra do primeiro carro, outros porém desejam investir em uma viagem de intercâmbio. Mas, afinal de contas, qual é a melhor escolha a ser feita nessa fase da vida?
Para Bia Santos, de 23 anos e CEO da Barkus Educacional (empresa voltada a levar educação financeira e empreendedorismo para jovens), não existe uma resposta certa para essa questão, já que vários fatores devem ser levados em consideração, como a situação financeira do jovem e seus objetivos individuais.
É difícil dar respostas prontas, mas um carro, dependendo do seu uso, envolve vários custos que vão além da sua aquisição, como IPVA, seguro, gasolina, manutenção e estes gastos são bastantes pesados para alguém que está iniciando a carreira, principalmente se for para uso familiar ou lazer.
Já um intercâmbio, pode trazer experiências únicas; é um investimento que, inclusive, abre novas oportunidades de emprego, visões de mundo, culturas e conexões.
Afirma Bia Santos
“Para o jovem que quer comprar um carro é importante fazer uma pesquisa de modelos, preços e, principalmente, levantar todos os custos que ter um carro engloba antes da compra. Colocar tudo na ponta do lápis, diminui as chances de inadimplência depois. Pesquisar o melhor preço, benefício dentro da própria realidade financeira é o primeiro passo. ”, ressalta.
Quanto ao intercâmbio, pesquisar também é importante. Qual curso, qual idioma, quanto tempo? Pesquisar em agências de viagem é um bom começo, mas, na maioria das vezes, comprar hospedagem, passagem, curso de forma separada sai mais barato.
Aconselha
INTERCÂMBIO: DICAS PARA ESCOLHER O MELHOR DESTINO
Seguindo a dica da Bia, verificamos quanto custa o IPVA de um carro e também o preço do intercâmbio em um dos destinos mais procurados por intercambistas brasileiros, a Irlanda.
As alíquotas variam de estado para estado, podendo chegar a 4% sobre o preço do carro, como no Rio de Janeiro e São Paulo. Levando em consideração um carro de R$30 mil teria, em média, um IPVA de R$1200. Já o intercâmbio de inglês na Irlanda, por 8 meses, custa, em média, R$14 mil (curso, seguro e taxas).
Além disso, é necessário uma comprovação de EUR3000 (para que o governo saiba que você poderá se manter no país por esse período), mais EUR300 do visto e R$ 4 mil, em média, de passagem aérea, um total de aproximadamente R$36 mil.
DESTINOS DE INTERCÂMBIO PREFERIDO ENTRE OS UNIVERSITÁRIOS
Joyce Alves, 22 anos, intercambista em Dublin, diz que decidiu fazer intercâmbio porque queria melhorar o seu inglês e via que o modelo que muitos cursos tradicionais no Brasil ofereciam com apenas duas horas por semana não eram o suficiente.
Tendo esse objetivo, ela começou a estudar mais o inglês e juntar dinheiro. Ao chegar em Dublin, ela conta que teve que aprender o inglês na marra, pois era estimulada a praticar constantemente nas aulas diárias e também fora da sala de aula – na rua, no trabalho, no ônibus, nas lojas e em casa. Para ela, todos deveriam passar por essa experiência.
É uma grande experiência, aqui, você vai refazer sua vida, começar do zero e se tornar independente, sem contar que terá que se adaptar ao clima e à cultura. Você terá que ser responsável por si e sua evolução dependerá de você. Para mim, o dinheiro é o fator principal que impede muitos jovens de realizarem essa vontade e, com o real desvalorizado, se torna mais difícil conseguir chegar à meta para a viagem.
Diz Joyce Alves
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Por Allana Monteiro – Fala! UFRJ