Após passarmos pelo período mais crítico da pandemia, que exigiu de nós muita paciência e confiança na ciência, fomos surpreendidos com uma nova ameaça viral que a cada dia tem os seus números de infectados crescendo: a varíola dos macacos. O Brasil já conta com a infecção comunitária da doença, o que significa que para ser infectado não é necessário ter viajado para outro país.
Hoje vamos entender um pouco mais do que se trata essa doença que fez a OMS declarar situação de emergência global.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma zoonose, ou seja, assim como a raiva, ela é transmitida aos seres humanos pelos animais. O vírus causador desta patologia é o monkeypox, pertencente à família de outros vírus que já são conhecidos por nós, como o da varíola.
Atualmente, os cientistas já identificaram duas cepas do vírus da varíola dos macacos. Uma delas é proveniente da bacia do Congo, África Central, a outra da África Ocidental, que causa uma doença menos grave quando comparada.
Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre pelo contato direto e indireto com sangue, fluidos corporais, lesões na pele ou mesmo pela mucosa de pessoas ou animais infectados. O biomédico Roberto Martins dá mais detalhes sobre essa transmissão, para ele: “A única semelhança com a covid é que a infecção pode acontecer por meio de gotículas de saliva. No entanto, no caso da varíola dos macacos não se tem registro de portadores assintomáticos, como ocorre com a covid.”.
Sintomas
Entre os sintomas mais comuns que quem é infectado costuma apresentar febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas e lesões na pele que costumam aparecer em até três dias da aparição dos sintomas iniciais.
A duração média desses sinais é de duas a quatro semanas e a doença tem a taxa de mortalidade menor do que a da covid e da varíola.
Como evitar a varíola dos macacos?
Adotar algumas ações que já estamos acostumados pode ajudar a evitar o contágio por essa doença, como o uso de máscaras e a higienização das mãos.
Vale destacar ainda que as pessoas que forem diagnosticadas com a varíola dos macacos ou tiverem alguma suspeita, além de adotar esses mesmo hábitos devem procurar tratamento médico e ficar em isolamento.
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Por Ronald Souza – Fala! Universidade Federal do Pará