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Saiba quem eram as musas da mitologia grega

Musa é uma palavra que vem do grego “mousa”; dela derivam museu que, originalmente, significa “templo das musas”, e música que significa “arte das musas”.

As musas na mitologia grega eram algumas das divindades que abundavam na Grécia Antiga, a quem eram atribuídas a capacidade de inspirar a criação artística ou científica. No total, eram as nove filhas de Mnemosine, a deusa da memória, e Zeus, o rei dos deuses.

Elas tinham menos poder que os deuses do Olimpo e foram definidas como musas pelo Hesíodo (um poeta oral grego da Antiguidade), que deu um nome a cada uma e uma descrição particular de acordo com suas virtudes.

Viviam no Monte Olimpo com seu líder, o deus Apolo. Com ele, permaneciam jovens e belas eternamente, e aprenderam a cantar. Podiam ver o futuro, o que poucos deuses podiam fazer, tinham também o dom de banir toda a tristeza e a dor.

As musas tinham vozes agradáveis e sempre cantavam em coro. Qualquer uma delas podia ser invocada, apesar de cada uma proteger uma arte ou ciência especial. 

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Saiba quem eram as musas da mitologia grega. | Foto: Reprodução.

A criação das musas da mitologia grega

Logo após a vitória dos deuses do Olimpo sobre os seis filhos de Urano, mais conhecidos como titãs, foi solicitado a Zeus a criação de divindades capazes de cantar a vitória e glorificar os olímpicos.

Zeus partilhou o leito com Mnemosine, durante dez noites e, um ano depois, a deusa da memória deu à luz nove filhas, em um lugar próximo ao monte Olimpo. 

As musas cantavam o presente, o passado e o futuro, acompanhadas pela lira de Apolo, para deleite das divindades do Panteão. Eram, originalmente, ninfas dos rios e lagos. Seu culto era originário da Trácia ou em Pieria, região a leste do Olimpo, de cujas encostas escarpadas desciam vários córregos, produzindo sons que sugerem uma música natural, levando a crer que a montanha era habitada por deusas amantes da música.

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Nove musas da mitologia. | Foto: Reprodução.

Quem são as musas da mitologia grega?

Em Theogony, Hesíodo conta que, por conta das nove musas, se tornou poeta. Assim, em sua poesia, ele descreve a origem e as particularidades de cada musa que compõe a tradição grega.

As musas são companheiras dos reis, porque elas que lhes dão a inspiração de que os presidentes precisam para que seus discursos tenham as palavras precisas e para que possam ter a lucidez necessária para exercer suas funções do governo e beneficiar seu povo.

Calíope

Calíope, a primeira entre as irmãs, era a musa da eloquência. Seus símbolos eram a tabuleta e o buril. Está ornada de grinaldas, com uma mão empunha uma trombeta e com a outra, um poema épico. Foi amada por Apolo, com quem teve dois filhos: Himeneu e Iálemo. E também por Eagro, que desposou e de quem teve Orfeu, o célebre cantor da Trácia.

Na tradição de Hesíodo, ela recebe a tarefa de acompanhar os reis para que, deles, fluam as melhores palavras, as mais belas e com um senso de oportunidade. É por isso que Calíope é repetidamente representada usando uma coroa de ouro, porque ela viveu entre reis. Além disso, ela também ostenta uma guirlanda por seu papel principal em comparação com o de suas irmãs.

Clio

Clio, era a musa da História, seu nome significa “proclamadora”. Sendo símbolos seus o clarim heroico e a clepsidra. Costumava ser representada sob o aspecto de uma jovem coroada de louros, tendo na mão direita uma trombeta e na esquerda um livro intitulado Tucde

Dentre as 9 musas do Olimpo essa é a responsável pelas celebrações, por conferir fama a alguém e é responsável pela introdução do alfabeto fenício na Grécia.

Ela deu à luz a Jacinto através de uma união com Pierus, o rei da Macedônia. 

Euterpe 

Euterpe era a musa da poesia lírica e tinha por símbolo a flauta, sua invenção. Ela é uma jovem que aparece coroada de flores, tocando o instrumento de sua invenção. Ao seu lado, estão papéis de música, oboés e outros instrumentos. 

No entanto, muitos estudiosos afirmam que foi Athena quem inventou a flauta dupla ou os aulos . Apesar dessa divergência, Euterpe é a protetora dos flautistas.

Seu nome significa “muito agradável” e “bom humor”, que se refere ao seu bom caráter.

Tália

Tália era a musa da comédia, que vestia uma máscara cômica e portava ramos de hera. É mostrada, por vezes, portando também um cajado de pastor, coroada de hera, calçada de borzeguins e com uma máscara na mão. Muitas de suas estátuas têm um clarim ou porta-voz, instrumentos que serviam para sustentar a voz dos autores na comédia antiga.

Melpômene

Melpômene era a musa da tragédia, usava máscara trágica e folhas de videira. Empunhava a maça de Hércules e era oposto de Tália. O seu aspecto é grave e sério, sempre está ricamente vestida e calçada com coturnos.

O significado do seu nome é “coro”. Seu símbolo é a máscara da tragédia e ela é representada sempre usando coturnos bem gastos. Em algumas representações, ela também aparece portando um bastão ou uma faca em uma das mãos, e a máscara da tragédia na outra.

Ela é a deusa da tragédia, mas era conhecida como a deusa do canto, porque seu nome significa “o melodioso”. É a musa por excelência do teatro, graças ao fato de que, na Grécia, a tragédia foi o gênero favorito a ser representado.

Alguns especialistas acreditam que Melpómene é a imagem da frustração, porque um mito diz que ela tinha tudo para ser feliz: riqueza, beleza e homens a seus pés.

Terpsícore

Terpsícore era a musa da dança, também fazia parte do coral e portava a cítara ou lira. Representada por uma coroa de grinaldas, tocando uma lira, ao som da qual dirige a cadência dos seus passos. 

O seu nome significa “delícia de dançar”. De acordo com algumas tradições e culturas, Terpsícore é a mãe das sereias, sendo que Aquelau, o deus ribeirinho, é o pai.

Érato

Érato era a musa do verso erótico, é uma jovem ninfa coroada de mirto e rosas. Com a mão direita, segura uma lira e, com a esquerda, um arco. Ao seu lado, está um pequeno Amor, que beija os seus pés.

Seu nome significa “adorável” e ela é representada por uma lira.

Polímnia

Polímnia era a musa dos hinos sagrados e da narração de histórias. Costuma ser apresentada em atitude pensativa, com um véu, vestida de branco, em uma atitude de meditação, com o dedo na boca. Seu nome significa “Muitas Canções”. 

Vale lembrar que Polímnia é também considerada a musa da dança. É também aquela que inspira pantomima, poesia lírica e sagrada. Em alguns mitos, explica-se que foi ela quem ensinou agricultura aos homens.

Urânia 

Urânia era a musa da astronomia, tendo por símbolos um globo celeste e um compasso. Com um vestido azul-celeste, coroada de estrelas e com as duas mãos segurando um globo, que ela parece medir, ou então tendo ao seu lado uma esfera pousada uma tripeça e muitos instrumentos de matemática. Urânia era a entidade que os astrônomos/astrólogos pediam inspiração. O nome dessa musa significa “Rainha das Montanhas”.

Vale lembrar que as nove musas do Olimpo nada mais eram do que divindades da primavera. Foi somente com o passar do tempo que começaram a ser chamadas de deusas das inspirações humanas.

O fato é que a mitologia grega está presente nos dias atuais muito mais do que imaginamos. Imagine que talvez o teatro e o cinema nem existissem sem essas divindades, ou seriam totalmente diferentes do que conhecemos.

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Por Maria Ingrid – Fala! Universidade Anhanguera

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