É fato que falar sobre os “melhores filmes” é se meter em um terreno arriscado. Isso porque, tal qual futebol e reality show, cada um tem sua torcida e seu favorito – e está disposto a defendê-lo com unhas e dentes.
No entanto, em tempos de quarentena, ninguém está mais disposto a passar horas em frente ao catálogo da Netflix, sendo gente como a gente, sem saber o que escolher.
Por isso, confira a lista dos melhores (considerados pela mera autora deste texto) filmes de terror da plataforma de streaming. A ideia é trazer clássicos do gênero abordando um pouco também sobre a abordagem diferenciada de cada um.
Quarentena: Confira 5 filmes de terror na Netflix
Invocação do Mal (2013)
Um dos clássicos do terror da última década já estabelecidos, o filme dirigido por James Wan traz os investigadores Ed (Patrick Wilson) e Lorraine Warren (Vera Farmiga).
Baseado em fatos reais, o casal investiga casos paranormais até cruzar o caminho da família Perron – que também existiu fora das telonas. Os pais e as cinco filhas se mudam para uma fazenda e lá são atormentados por entidades paranormais – sendo vítimas até mesmo de possessão.
Esse é um tipo clássico do terror que envolve personagens demoníacos e muito jump scare, que é aquele recurso que faz você pular de susto assistindo.
No subgênero do mundo do terror, a história do casal Warren e seus desenvolvimentos são classificados como ‘sobrenatural’. A sequência do longa, Invocação do Mal 2, também está disponível na Netflix, mas conta outra história sobrenatural.
Em inglês intitulado por The Conjuring, o filme tem 85% de aprovação no Rotten Tomatoes – plataforma que une críticas de cinema e televisão.
A Casa de Cera (2005)
Indo para uma pegada completamente diferente, temos outro clássico da Sessão da Tarde dos filmes de terror. Em inglês, House of Wax, o filme de 2005 traz uma história macabra sobre serial killer e um plot twist que deixa você pensando por horas. O longa chegou à Netflix no dia primeiro de março e traz mais do mundo slasher do terror.
Tudo começa quando um grupo de amigos da faculdade viaja, a caminho de um jogo de futebol, mas precisa dar uma parada por conta de um defeito no carro. Sinopse digna de um filme de terror, não?
Assim, eles buscam ajuda em uma aparente cidade fantasma, que tem como único estabelecimento aberto um museu de cera. O resto é história e, literalmente, cera.
O elenco tem nomes inusitados como a fashionista Paris Hilton e os galãs Jared Padalecki e Chad Michael Murray (One Three Hill).
Hush: A Morte Ouve (2016)
Sabe aquele filme que deixa o espectador tão agoniado e ansioso que não consegue parar de assistir? Pronto. Hush: A Morte Ouve é isso e mais um pouco. Também um filme considerado do subgênero slasher, o longa é envolvente por apresentar uma proposta inesperada.
À priori, tudo parece mais do mesmo. Uma escritora chamada Maddie Toung, interpretada por Kate Siegel (A Maldição da Residência Hill), vive em uma casa isolada no meio do mato. Boa coisa não podia dar, certo?
No entanto, os motivos da protagonista são outros: lá, ao contrário do centro da cidade, é o seu refúgio desde que ela perdeu a audição ainda quando era jovem.
Assim, ao entardecer, Maddie é surpreendida por um homem mascarado que a observa e tenta, a qualquer custo, entrar na sua casa. A grande tensão é saber se a escritora consegue ou não sair dessa, já que, para muitos, pode ser considerada ‘na desvantagem’ em relação ao adversário.
A fuga da obviedade de Hush, dirigido por Mike Flanagan e escrito pela própria protagonista, rendeu 91% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Corra! (2017)
Desde dezembro na Netflix, Corra! é a melhor aposta para passar as exatas 1h e 44 minutos pensando “o que é isso que está acontecendo” e “tem algo errado nisso aí”. O filme do diretor Jordan Peele ganhou a aclamação tanto do público quanto da crítica por mesclar diversos gêneros e temáticas em apenas um longa.
Com a protagonização de Daniel Kaluuya, interpretando Chris Washington, o longa parte do momento em que o fotógrafo irá conhecer os pais da sua então namorada, Rose Armitage (Allison Williams). De primeiro momento, já é possível enxergar os dilemas de um casal interracial, com abordagens sutis sobre racismo e preconceito.
O desconforto e a desconfiança estão presentes o tempo todo no filme – que, através das atuações, consegue transmitir para o espectador. Com um final inesperado, Corra! é um daqueles filmes que a gente deseja apagar da memória só para ter o gostinho de assistir pela primeira vez de novo.
No Rotten, o subgênero Thriller (com um toque de psicológico) leva 98% de aprovação.
Creep (2015)
E já que estamos falando de tensão, um subgênero que é mestre nisso com certeza é o foundfootage. Para quem não conhece, esse tipo se constrói a partir das filmagens dos próprios personagens – como um falso documentário. Os maiores exemplos desse recurso são a franquia Atividade Paranormal (2007) e A Bruxa de Blair (1999).
Pois bem, Creep é dirigido e estrelado por Patrick Brice, que encara o produtor de filmes falido, Aaron. O homem topa viajar para uma cidade remota para um job, que consiste em gravar o cotidiano de Josef (Mark Duplass).
Até aí tudo bem, certo? O que Aaron não esperava eram os desejos e confissões suspeitas do seu ‘novo amigo’ – o que acaba o levando para um caminho não muito agradável.
O filme acabou dividindo as opiniões entre o público e os críticos, ficando com 65% de aprovação da audiência, mas se consagrando com 89% pela crítica. Vale a pena conferir e ver de que lado você está!
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Por Samantha Oliveira – Fala! UFPE