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Opinião: Passagem de ônibus no Recife aumenta quase 55% na gestão Paulo Câmara

Nos tempos em que o Brasil vive, no meio de uma crise econômica agravada por uma pandemia interminável, é preciso que o bom senso prevaleça para que a sociedade viva em harmonia ou, pelo menos, utilize ferramentas para sobreviver ao caos. Uma forma de fazer isso seria ajudar as pessoas a economizar e cortar gastos desnecessários, mas esse não é o caso da passagem de ônibus no Recife, que sofreu aumento.

Aumento da passagem de ônibus no Recife na gestão Paulo Câmara (PSB).
Aumento da passagem de ônibus no Recife na gestão Paulo Câmara (PSB). | Foto: Unsplash.

Saiba mais sobre o aumento da passagem de ônibus no Recife na gestão Paulo Câmara

No Recife, a caríssima passagem de ônibus não atesta as condições atuais do sistema. O valor é muito alto para o que é oferecido. O que devia se fazer, então, ou era melhorar o sistema, ou baratear as tarifas, mas não é isso que acontece!

No último dia 11 de fevereiro, o Conselho Superior de Transportes Metropolitanos de Pernambuco aprovou um aumento de 9,67% nas tarifas das passagens de ônibus. Na Região Metropolitana de Recife, usa-se hoje três tipos de anel tarifário: o Anel-A, o Anel-B e o Anel-G.

Responsável por transportar 83% dos passageiros da região, o Anel-A começou a cobrar desde domingo (13/2), quando os novos valores entraram em vigor, R$ 4,10. O Anel-B, o mais caro que existe, cobra hoje R$ 5,60.

Durante os sete anos que governa o estado, o governador Paulo Câmara (PSB) administrou uma gestão que elevou em 54,87% o preço das tarifas de ônibus.

Em 2014, quando concorreu ao governo estadual pela primeira vez, Paulo Câmara prometeu congelar a tarifa de ônibus em um único valor: R$ 2,15. Na época, a tarifa de ônibus mais usada custava R$ 2,25.

Paulo Câmara prometeu congelar a tarifa de ônibus, mas isso nunca aconteceu.
Paulo Câmara prometeu congelar a tarifa de ônibus, mas isso nunca aconteceu. | Foto: Reprodução.

Passagem de ônibus nas alturas e nenhuma melhoria no transporte público

Em plena pandemia, coletivos e terminais registram superlotação. Não que as pessoas estejam desrespeitando as medidas restritivas, mas por serem os únicos meios que muitos cidadãos têm para se locomover, a aglomeração se torna inevitável.

Os ônibus não possuem conforto e muitos estão rodando com problemas na estrutura. Além disso, as empresas de ônibus não estão colocando a totalidade da frota para circular desde o começo da pandemia, em março de 2020, como se não houvesse pessoas que precisam deles. Ou seja, o aumento da passagem de ônibus no Recife acaba injustificado.

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Por Álvaro José – Fala! Universidade Católica de Pernambuco

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