Nos tempos em que o Brasil vive, no meio de uma crise econômica agravada por uma pandemia interminável, é preciso que o bom senso prevaleça para que a sociedade viva em harmonia ou, pelo menos, utilize ferramentas para sobreviver ao caos. Uma forma de fazer isso seria ajudar as pessoas a economizar e cortar gastos desnecessários, mas esse não é o caso da passagem de ônibus no Recife, que sofreu aumento.
Saiba mais sobre o aumento da passagem de ônibus no Recife na gestão Paulo Câmara
No Recife, a caríssima passagem de ônibus não atesta as condições atuais do sistema. O valor é muito alto para o que é oferecido. O que devia se fazer, então, ou era melhorar o sistema, ou baratear as tarifas, mas não é isso que acontece!
No último dia 11 de fevereiro, o Conselho Superior de Transportes Metropolitanos de Pernambuco aprovou um aumento de 9,67% nas tarifas das passagens de ônibus. Na Região Metropolitana de Recife, usa-se hoje três tipos de anel tarifário: o Anel-A, o Anel-B e o Anel-G.
Responsável por transportar 83% dos passageiros da região, o Anel-A começou a cobrar desde domingo (13/2), quando os novos valores entraram em vigor, R$ 4,10. O Anel-B, o mais caro que existe, cobra hoje R$ 5,60.
Durante os sete anos que governa o estado, o governador Paulo Câmara (PSB) administrou uma gestão que elevou em 54,87% o preço das tarifas de ônibus.
Em 2014, quando concorreu ao governo estadual pela primeira vez, Paulo Câmara prometeu congelar a tarifa de ônibus em um único valor: R$ 2,15. Na época, a tarifa de ônibus mais usada custava R$ 2,25.
Passagem de ônibus nas alturas e nenhuma melhoria no transporte público
Em plena pandemia, coletivos e terminais registram superlotação. Não que as pessoas estejam desrespeitando as medidas restritivas, mas por serem os únicos meios que muitos cidadãos têm para se locomover, a aglomeração se torna inevitável.
Os ônibus não possuem conforto e muitos estão rodando com problemas na estrutura. Além disso, as empresas de ônibus não estão colocando a totalidade da frota para circular desde o começo da pandemia, em março de 2020, como se não houvesse pessoas que precisam deles. Ou seja, o aumento da passagem de ônibus no Recife acaba injustificado.
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Por Álvaro José – Fala! Universidade Católica de Pernambuco