Com mais de 500 anos de história, e 38 presidentes, o Brasil já passou por muita coisa, principalmente no cenário político. Já ganhamos o título de Colônia (1530-1815), Reino (1815-1825), Império (1822-1889) e, por fim, República (1889), a qual somos até os dias de hoje! Para relembrar os momentos não tão felizes dessa linda nação, resolvemos trazer os 3 piores presidentes do Brasil. Vamos avançar alguns anos e chegar logo após o fim da Ditadura Militar (1964-1985), na chamada República Nova, para falar de presidentes que, pelo menos, estão no fundo de nossa memória, e nos livros de História:
Piores presidentes do Brasil após a ditadura, conforme dados
Fernando Collor de Mello (1990-1992)
O 32º presidente do Brasil foi o primeiro eleito diretamente pelo voto do povo, e também foi o primeiro impeachmado. Collor saiu vitorioso em uma das eleições mais importantes da história do País, e acabou saindo na frente, em segundo turno, do petista Lula; vale lembrar que 22 candidatos tentaram a presidência em 1980. Um dos maiores problemas do governo foi o seu problema em seguir a democracia brasileira, por diversas vezes o presidente atacou adversários e se colocou contra o congresso.
Logo após sua posse, pesquisas eram otimistas: 71% da população acreditava no governo Collor, mas, infelizmente, um problema surgiu: a economia. Durante a ditadura militar, a inflação bateu recordes, o que deveria ser resolvido no mandato de Collor, e a solução encontrada por ele não foi muito boa. Se perguntar a familiares mais velhos eles certamente vão citar o confisco da poupança como um dos atos mais traumáticos do governo Collor, o que provocou uma das maiores quedas do PIB (produto interno bruto). Com atos de extrema polêmica e um plano econômico fracassado, o presidente mais jovem da história do País viu seu mandato se esvaindo à sua frente.
Em 1992, o fim chega para Collor, que é sofre um impeachment e é retirado do poder. Atualmente, Collor segue na política, agora como Senador.
Dilma Rousseff (2011-2016)
A 36ª presidente do Brasil acabou sendo mais que apenas uma presidente, Dilma viria a ser a primeira mulher a governar estes mais de 8 mil quilômetros quadrados de Brasil. Seu governo começou bem, visto que um ano antes (governo Lula), o PIB Brasileiro havia aumentado em mais de 7%, fato que acabou complicando as coisas em seu governo. O que aconteceu foi um aumento repentino do PIB durante o governo Lula, para causar uma “sensação temporária” de governo bem-sucedido, o que Dilma não imaginava é que quando isso acontece, algum tempo depois, o PIB volta a cair. A ideia da ex-presidente foi simples: refazer o que seu antecessor fez. O que ela não imaginava é que isso não era tão simples assim.
Em seu mandato, a inflação brasileira disparou, bem como a grande parte das contas brasileiras em território nacional e exterior. Como maneira de tentar desfazer o plano econômico fracassado, Dilma resolve reduzir os impostos, aumentando ainda mais a dívida do País. A dívida interna bruta aumentou, para alguns por conta dos repasses do Tesouro ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e, para outros, a culpa é das políticas econômicas vigentes.
Especialistas afirmam que o maior problema enfrentado pela ex-presidente foi ter herdado as políticas de seu antecessor e apoiador Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma enfrentou problemas políticos, administrativos e econômicos. Em um governo cercado de problemas, Dilma então fez as famosas “pedaladas fiscais”, mesmo o sistema brasileiro permitindo de certa forma, o caso fez com que o seu processo de impeachment fosse iniciado e, em 2016, Dilma perde o cargo após 367 votos favoráveis contra 137 contrários a sua retirada do poder.
Jair Bolsonaro (2019-Atual)
O 38º e atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, vive um dos piores momentos de seu governo. Com uma pandemia rolando, frases polêmicas e ações mais polêmicas ainda, Bolsonaro se torna a cada dia, um dos presidentes mais polêmicos da história do País. Todos sabemos que um governo frente a um vírus mortal não deve ser muito fácil, mas também não é simples ser eleito como pior líder mundial a lidar com a pandemia, título concedido a Bolsonaro pelo jornal americano The Washington Post.
Em 2020, primeiro ano de seu governo, o PIB bateu recordes de queda, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Analítica), descendo mais de 4%, fato que foi visto com otimismo por Bolsonaro, que disse que a queda só não foi maior por conta do auxílio emergencial, o qual foi contrário em um primeiro momento. Cercado por problemas, o governo Bolsonaro se vê à frente de um aumento da inflação e taxas de juros, além de um buraco nos cofres públicos.
Durante o Governo Bolsonaro, o IBGE também registrou a maior taxa de desemprego desde 2012, chegando a 14,6% no terceiro trimestre de 2020. Com pesquisas informando que pouco mais da metade da população não apoia o governo Bolsonaro, será difícil vê-lo no cargo durante as reeleições, o que pode ser lucrativo, já que após a pandemia as contas públicas só devem crescer.
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Por Heryvelton Martins – Fala! UEPG