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O que fazer com a viagem já programada para este ano?

O avanço da Covid-19 alterou a rotina da maioria dos brasileiros e uma das consequências foi o cancelamento de muitas viagens já planejadas.

Mas o que fazer se já tinha alguma viagem programada? Adiar, cancelar ou tentar arriscar?

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Cancelar viagem é a melhor opção em meio ao coronavírus? | Foto: Reprodução.

Viagens já programadas: o que fazer?

O mais indicado, pela maioria dos setores do turismo, é aguardar e acompanhar as notícias do avanço da pandemia.

Para quem já estava com um voo marcado para os próximos meses, o mais aconselhável é esperar e tentar após o início do segundo semestre, pois a situação ainda é incerta e há um agravante que é a diminuição de 90% das frotas aéreas. Para viagens internacionais, ainda há o fato de as fronteiras estarem fechadas, o que corre o risco de não poder entrar no país ou, se houver uma exceção, deve-se permanecer de quarentena por, no mínimo, 14 dias.

Caso a viagem não tenha sido alterada diretamente pela companhia aérea, há a possibilidade de solicitar remarcação ou cancelamento. Uma maneira de não onerar os passageiros, estão disponibilizando o valor do bilhete como crédito, para que possa ser utilizado durante o período estipulado pela empresa. Assim, não há pagamento de multas por alteração Se a opção for o cancelamento definitivo, ainda está sujeito ao pagamento da taxa e deve-se ter atenção ao novo prazo de devolução dos valores – em até 12 meses, definido pela nova MP (Medida Provisória) 948.

Algumas cias estão disponibilizando atendimento via chat e preenchimento de formulários para cada caso, a fim de facilitar o contato do cliente e evitar filas de espera pelo atendimento telefônico. 

Lembrando que as ocorrências estão sendo tratados por ordem da data de embarque, quanto mais perto estiver da viagem, mais breve a tratativa será realizada.

Se a viagem foi marcada através de uma agência, entre em contato diretamente com eles para a solução.

Em relação às hospedagens

Nas situações das hospedagens, como não há um órgão que regulamenta todas as condições existentes, é necessário entrar em contato com a rede de hoteleira, verificar se está funcionando e, se não houver interesse na estadia, como será feita a remarcação e qual o período disponível para fazê-la. Algumas redes estão fechadas e a previsão de reabertura é para início de agosto. 

Na condição da reserva ter sido feita através de alguma plataforma on-line de hospedagem, entre em contato com o site e verifique as condições impostas.

Caso tenha adquirido um ingresso para algum evento, festa temática ou qualquer outra atividade, confira o posicionamento da organização sobre adiar ou sobre possíveis reembolsos. Qualquer outro serviço contratado, por exemplo seguro viagem, aluguel de carro, entre outros, é importante verificar com a instituição responsável.

A previsão é de uma melhora a partir do segundo semestre, com a retomada de voos nacionais, reabertura de hotéis e pousadas e reorganização dos eventos, porém, com uma mudança nas questões sanitárias e aglomerações. O turismo internacional ainda não tem uma reabertura definida, podendo se estender até o início de 2021. 

Qualquer dificuldade na resolução do problema, divergência de informações e má-fé de qualquer companhia do ramo, entre em contato com o Consumidor.gov através do link ou com o Procon da sua cidade, onde é possível registrar uma reclamação on-line para garantir os seus direitos.

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Por Camile Alencar – Fala! USP

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