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O homem do chapéu: Como o mito surgiu e por que acreditam nele

Atividades paranormais e o mundo sobrenatural sempre foram alvo de curiosidade daqueles que amam investigar todo fenômeno que aparenta ser diferente do usual. Foi assim que foram criados vários websites e canais no YouTube que falam sobre esses assuntos e trazem diversos relatos de pessoas que dizem ter vivenciado algo sobrenatural.

Em 2001, as chamadas “pessoas das sombras” se tornaram alvo de investigação paranormal, graças ao radialista norte americano Art Bell. Uma pessoa da sombra nada mais é do que a percepção de uma parte da sombra como um ser vivo, uma figura humana que é considerada sobrenatural por aqueles que acreditam nesses tipos de entidades.

Juntamente, começaram a surgir vários relatos de pessoas que diziam ter visto um “homem de chapéu” em seus sonhos e todos o relatavam da mesma forma: “Uma massa negra sólida alta, vestindo um sobretudo longo e um chapéu, às vezes, usava uma bengala e parecia flutuar”.

Essa história começou a tomar grandes proporções e muitos afirmavam que a figura chegava a tocar ou até mesmo sufocar as suas vítimas, ficando conhecida como um símbolo de mau agouro. Diziam que o tal homem do chapéu aparecia apenas em ambientes hostis, onde já existia uma energia negativa. O que começou como um simples pesadelo, evoluiu para paralisias do sono e sonambulismo.

Não há exatamente uma data que indique quando tudo começou, mas esses fenômenos são conhecidos por fazerem parte do imaginário popular em várias civilizações, de forma que ganharam o status de sobrenatural em diversas culturas.

Spooky Houses – Casas Assombradas, um canal muito famoso no YouTube por desmistificar crenças populares, explica que as pessoas acabam personificando esses seres, criando um inconsciente coletivo. O canal traz uma visão mais literal do assunto, desconstruindo o mito, explicando que são apenas arquétipos criados e que, na verdade, essas pessoas das sombras são apenas entidades do mundo espiritual. 

Thais Zygmunt é psicóloga e trabalha com saúde pública no Sistema Único de Saúde (SUS). Ela explicou como é possível que várias pessoas sonhem com a mesma figura.

Os sonhos têm um componente individual e um componente coletivo, o que significa dizer, nada mais, nada menos, que são culturalmente compartilhados, do mesmo modo que serão singulares para cada ser.

Alega a psicóloga

Quando questionada se é possível que a situação relatada por algumas pessoas (como, por exemplo, serem sufocadas pelo homem do chapéu) sejam reais, Thais disse que “a separação entre ‘sonho’ e ‘realidade’ é fictícia, forjada por uma cultura específica, com embasamento separatista entre razão e emoção, verdade e mentira, entre outras. Portanto, sensações nas quais estamos despertos e nas quais estamos desacordados não são efetivamente separáveis”.

A Maldição da Residência Hill, uma série da Netflix, fala sobre um grupo de irmãos que volta para a casa em que viveram durante a infância, onde tiveram experiências sobrenaturais. Um dos personagens, Luke, costumava ver sempre um homem alto, usando um sobretudo e chapéu, segurando uma bengala e ele parecia flutuar. Quando adulto, acaba sendo atormentado novamente pelo fantasma.

Fantasma do homem do chapéu representado na série A Maldição da Residência Hill, da Netlix. | Foto: Reprodução.

Alguns espectadores fizeram análises sobre os acontecimentos da série e chegaram à conclusão de que os fantasmas são apenas representações dos medos dos personagens. No caso de Luke, a sua insegurança e vício que o fazem sofrer a série inteira.

São várias as visões sobre esse mesmo assunto. Alguns acreditam que é apenas um surto coletivo, outros que a paranormalidade é real. E você, no que acredita?

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Por Rafaela Thomaz Leite – Fala! PUC

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