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Novo remédio para a doença de Alzheimer é aprovado nos EUA

O Alzheimer é a causa mais comum de demência. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são cerca de 35.6 milhões de pessoas acometidas desta doença, 1.2 milhão somente no Brasil. A doença não tem cura, mas existem tratamentos que podem melhorar os sintomas e prolongar o bem-estar do paciente.

E um novo remédio acaba de ser aprovado pela agência reguladora de medicamentos dos Estados Unidos, a FDA. No dia 7 de junho o órgão autorizou o uso do aducanumabe, droga experimental que age em pacientes com deficiência cognitiva leve, sem demência grave, com o objetivo de adiar a progressão do Alzheimer. É a primeira vez em 18 anos que a FDA aprova um medicamento contra a doença.

Alzheimer
Remédio para a doença de Alzheimer é aprovado nos EUA. | Foto: Divulgação.

Conheça o novo remédio para tratar o Alzheimer

O aducanumabe tem como alvo a proteína beta amiloide, que se acumula no cérebro de pessoas com Alzheimer, podendo deteriorar células e causar a confusão mental e perda de memória comuns nos afetados pela doença. Por isso, ele é adequado apenas para pacientes em estágio inicial do distúrbio. O valor de um ano de tratamento é estimado em dezenas de milhares de dólares.

Contudo, a aprovação do remédio gerou polêmica entre a comunidade médica. A FDA afirmou haver “evidências substanciais de que o aducanumabe reduz as placas de beta amiloide no cérebro” e que “é razoavelmente provável que gere benefícios importantes para os pacientes”. Porém, a própria agência havia rejeitado a droga em novembro de 2020.

Em uma primeira análise, os testes iniciais não mostraram diferença entre o remédio e um placebo em relação ao retardo da deterioração cognitiva. A pesquisa chegou até a ser interrompida. Contudo, o fabricante norte-americano Biogen, após uma análise maior de dados, concluiu que o medicamento funciona quando administrado em doses mais altas. A empresa também disse que, em 18 meses, o tratamento diminuiu em 22% o declínio cognitivo dos pacientes.

O Centro de Pesquisa da Doença de Alzheimer da Universidade de Washington, em St. Louis, lançou uma nota à imprensa afirmando que o medicamento “provavelmente ainda levará vários meses para que passe por outras medidas regulatórias e fique disponível para os pacientes”. Mesmo assim, a esperança de pacientes e familiares neste momento certamente já está alta.

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Por Daniel Palma – Fala! UTP Curitiba

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