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Nancy Pelosi visita Taiwan e China começa a adotar medidas firmes

As tensões entre China e Estados Unidos se intensificaram após suspeitas de que Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos EUA, visitaria Tawaian em sua turnê pela Ásia.

Até agora, Pelosi mantinha sua agenda em sigilo, mas os veículos CNN (Estados Unidos) e TVBS (Taiwan) já afirmavam, sem citar suas fontes, que a mulher havia incluido Taiwan em seu itinerário.

Nesta segunda-feira (1/8), o ministério chinês das Relações Exteriores advertiu que uma visita de Pelosi a Taiwan poderia desencadear sérias consequências.

Se a presidente da Câmara de Representantes, Nancy Pelosi, visitar Taiwan, a China adotará contramedidas firmes e decididas para defender sua soberania e integridade territorial.

Zhao Lijian, porta-voz do ministério

Hoje, Pelosi chegou a Taiwan por volta das 22h30 no horário local, que equivale a 11h30 de Brasília. Seus planos são se reunir com o governo da ilha e visitar o Parlamento local na manhã desta quarta-feira (3).

O governo chinês já avisou que seus aviões de guerra sobrevoaram a linha que divide o Estreito de Taiwan e disse que lançará operações militares mirando alvos específicos.

Por que a viagem alimenta as tensões entre EUA e China?

O Partido Comunista da China está reivindicando a democracia autogovernada de Taiwan como seu território e qualquer movimentação que ameace alguma interferência internacional em Taipé é recebida com rudeza pela China.

Não é a primeira vez que os Estados Unidos visitam a China ou vice-versa. Em 1995, o então presidente de Taiwan, Lee Teng-hui, foi aos Estados Unidos e, por isso, a China disparou mísseis nas águas ao redor de Taiwan, desencadeando uma grande crise no Estreito de Taiwan.

E, nos últimos anos, os Estados Unidos visitaram Taiwan diversas vezes, o que atraiu respostas raivosas da China, que chegou até a enviar aviões de guerra para Taiwan.

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Nancy Pelosi visita Taiwan e China enxerga como afronte. | Foto: Reprodução/montagem.

A visita de Pelosi é vista como um ato de insolência ainda maior pela China. Isso porque a política é a terceira na linha de sucessão do governo americano, portanto sua importância é inquestionável e o incômodo causado por ela também.

Mesmo antes da visita, a China já havia deixado claro seu descontentamento com a situação. E, na última quinta-feira, em uma conversa por telefone, Xi Jinping, Secretário-Geral do Partido Comunista da China, chegou a dizer a Joe Biden que o governo americano não deveria “brincar com o fogo”, se referindo à Taiwan.

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Por Bianca Sousa – Redação Fala!

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