O filme turco Milagre na Cela 7, recentemente lançado pela Netflix, adaptado do enredo sul-coreano, conta a vida de Memo e o amor envolvente que tem pela sua filha Ova.
É perceptível que Memo, ao lidar com a injusta acusação de um assassinato, a qual ele tem plena convicção que não o cometeu, mesmo tendo a idade mental da sua filha, consegue com a sua bondade e generosidade mudar a perspetiva humana de todos que o conhecem (gerando sensibilidade no prisioneiro que matou a própria filha e no diretor da penitenciária, que investiga e descobre a sua inocência).
A ficção, além disso, insere um posicionamento crítico que nos leva a pensar em como o sistema social influencia em decisões tão cruciais, como a sentença desprezível do comandante em executar o amoroso pai de Ova, sabendo, o mandante, da inocência de Memo (criminosa e mental, nos surpreendendo, também, com a sua pureza humana).
A atitude do comandante, ao punir um inocente, transcende a ficção e revela como em alguns casos o poder mal aplicado, pode ferir e alterar para sempre o destino.
Enfim, que essa história, que nos faz usar alguns lenços, possa tornar “alguém aí fora gentil”e destacar que “quando se esgotam as esperanças, surgem os milagres”.”Lingo,lingo“.
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Por Ana Carolina Cerqueira – Fala! UFPE
