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Miguel Ángel Ramírez, treinador espanhol destaque na América do Sul

Miguel Ángel Ramírez Medina vem ganhando destaque nos meios futebolísticos. O espanhol de 36 anos de idade, chegou a conquistar no ano passado o título da Copa Sul-Americana, eliminando na semifinal o Corinthians, com uma vitória no primeiro jogo por dois a zero em solo brasileiro.

Esse fator, já o colocava em evidência no continente, porém o bom futebol da equipe continuou e, hoje, possui chances de surpreender na atual edição da maior competição de clubes da América: a copa libertadores.

Neste ano, jogando em casa pela fase de grupos do torneio internacional, aplicou uma goleada por cinco a zero no Flamengo, o atual campeão da libertadores e do brasileirão.

Com isso, analisei o desempenho do time Independiente del Valle dentro de campo em diferentes partidas, observando as movimentações e formações táticas usadas com ou sem a posse da bola. Notei características interessantes, podendo perceber a qualidade coletiva do plantel.

Miguel Ángel Ramírez
Miguel Ángel Ramírez, treinador espanhol destaque na América do Sul. | Foto: Reprodução.

Miguel Ángel Ramírez e Independiente del Valle

Com a bola:

2-3-2-3= Zagueiros abrem; laterais e o meia mais recuado; dois meias adiantados e os pontas com o centroavante na última linha.

Os meias atuam nas três fases do jogo: Defendem, criam e terminam as jogadas. Dois deles, mais avançados, se revezam entre as linhas rivais.

Saída de três ocorre, quando o meia defensivo recua para iniciar as jogadas de trás. O time não abre mão dessa proposta: ganhar espaço em campo com passes curtos, embora use as bolas longas como alternativa ofensiva. As movimentações são constantes e a sintonia da equipe aparece.

Os laterais constroem as jogadas por dentro e os pontas abertos, porém há uma troca destas funções dentro do jogo. As viradas de jogo acontecem com passes de pequena ou média distâncias. Caso o time esteja no lado direito do campo, o lateral esquerdo aproxima mais do meio.

Cruzamentos são opções ofensivas e a equipe conta com as chegadas dos atletas dentro da área. Contra o Independiente (ARG), quatro jogadores infiltraram para finalizar e fazer o gol da equipe. Finalizações são constantes, principalmente de fora da área.

Sem a bola:

4-3-3=A linha de quatro é composta pelos laterais e zagueiros; os meias formam um triângulo, com um mais recuado; pontas abertos e atacante centralizado. As movimentações fecham as opções de passes do rival. Atuam em bloco médio e sobem as linhas se a bola for recuada.

Na saída de bola adversária, realizam-se encaixes individuais. Deixando, um jogador livre no lado oposto da bola, geralmente um zagueiro. O balanço deles sucede aos movimentos dos rivais. Cometem erros individuais defensivos e demora na recomposição, penalizando a equipe. 

Escanteio a favor – duas opções: A primeira, mais comum, nenhum jogador dentro da pequena área; e a segunda tem sentido oposto da outra, todos os jogadores dentro da área em volta do goleiro se movimentam a partir do cruzamento, tentando causar incertezas ao rival.

Escanteio contra: Encaixes individuais nos atletas e mais dois ou três livres para ir ao encontro da bola. A estratégia do contra-ataque aparece, montando uma linha com até três jogadores no meio, com intenção de diminuir o número de rivais na sua própria área.

Organização ofensiva: O jogo é construído pelo meio do campo, porém, no segundo ou terceiro terço, abrem as jogadas para os atletas que dão amplitude e profundidade para a equipe. As bolas longas são alternativas, buscando estes mesmos jogadores abertos, principalmente nas costas dos laterais

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Por Ronaldo Sambinelli Filho – Fala! Cásper

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