Conversas divulgadas pelo The Intercept revelaram nessa quarta-feira (28) que o operador financeiro Adir Assad teria lavado milhões de reais para o Grupo Silvio Santos por meio de contratos fraudados de patrocínio esportivo automobilisticos, como a Fórmula 1 e a Fórmula Truck.
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O empresário é conhecido pela promoção de shows e eventos no Brasil. Assad trouxe a banda U2, a cantora Amy Winehouse e Beyonce para o Brasil. De acordo com a Folha de S.Paulo, as confissões feitas na delação por Adir Assad estão contidas em anexos pela Operação Lava Jato.
Os depoimentos de Assad foram compartilhados entre procuradores do Ministério Público Federal (MPF) no Telegram, aplicativo que foi hackeado, tendo conteúdo vazado e divulgado pelo The Intercept.
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Assad não mencionou de forma especifica o apresentador Silvio Santos, mas comentou sobre seu sobrinho dele, Daniel Abravanel, como um de seus contatos no grupo.
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Na delação, também foi falado sobre o uso da empresa responsável pela Tele Sena, chamada Liderança Capitalização, que teria pago pelo menos R$ 19 milhões em propina para a Rock Star Marketing uma das firmas de Adir Assad.
A lavagem de dinheiro teria sido feita em duas épocas diferentes, sendo elas o fim de 1990 e meados dos anos 2000. O operador revelou ter firmado contratos superfaturados de patrocínio entre suas empresas e pilotos da Fórmula Indy e da Indy Lights.
Na delação, também foi dito que o SBT tinha necessidade de fazer um caixa 2 naquela época, que movimentou em torno de 10 milhões de reais, porém ainda não se sabe ao certo o porque: se para remunerar bônus a executivos ou se para pagar propina no setor público. Os corredores Helio Castroneves e Tony Kanaan foram citados na delação.
Em 2000, Assad diz ter feito contratos de imagem e de patrocínio na Fórmula Truck, uma categoria do automobilismo brasileiro, composta de caminhões preparados para corrida . Ele disse ter feito transferência aos esportistas apenas uma pequena parte dos valores contratados e repassava o resto do dinheiro ao SBT.
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As acusações envolvendo o Grupo Silvio Santos foram incluídas na versão final do acordo de delação do empresário Adir Assad, e foi firmado e homologado em 2017. Detalhes do caso e da apuração de provas ainda permanecem em sigilo.
