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Inovação: aplicativo registra emoções e ajuda psicólogos

Sabemos que a tecnologia tem avançado de uma forma surreal nos últimos tempos.

Até mesmo para coisas que achávamos impossíveis, hoje, facilmente temos um aplicativo para nos auxiliar, mas como funciona isso?

Recentemente, foram lançados alguns aplicativos que auxiliam psicólogos em suas consultas. Um deles se chama Cogni e sua função é montar um relatório semanal de suas emoções.

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Símbolo do aplicativo Cogni | foto: Reprodução

Assim, em sua tela inicial fica um rosto que ao arrastar para cima, consegue-se indicar se está “feliz’’ ou “muito feliz”; ao arrastar para o meio, se está “neutro”; e para baixo, se está “triste” ou “muito triste”.

Depois disso, são feitas perguntas para entender os motivos pelos quais sentiu aquela sensação, em qual momento. Já, no final, é feito um gráfico com suas emoções pelo próprio programa.

Ademais, o aplicativo tem a opção para encaminhar diretamente para o terapeuta do usuário, via e-mail ou por mensagem, facilitando muito mais a consulta.

Sendo assim, essa forma de diagnóstico é chamada de RPD (Registro de Pensamentos Disfuncionais), que antes era feita através de uma folha onde o paciente escrevia durante a semana, como um diário.

Portanto, com os relatórios, é possível, juntamente com um psicólogo, trabalhar as emoções durante as sessões. 

Conversamos diretamente com o cocriador do Cogni, João Otero. Ele é formado em Computação pela UFRGS (2002), é Mestre UFRGS (2006) e tem uma empresa que faz aplicativos para terceiros chamada Mobula.

Confira o aplicativo Cogni: https://cogniapp.com

Ele foi paciente em terapia cognitiva-comportamental há uns anos e tinha sempre que escrever sobre suas emoções e pensamentos no papel. A partir disso, ele procurou aplicativos que tivessem essa função. Porém não eram tão bons e nem práticos, decidindo criar um.

A visão do cocriador

E aí resolvi criar um, já tinha uma startup antes, estava prestando atenção em fatores de negócios, de distribuição, viralização nessa startup que era o ponto que estávamos “penando”. Então percebi que se eu criasse esse aplicativo, o Cogni, tinha uma premissa de que, com algumas técnicas, eu conseguiria fazer ele crescer sem muito custo e rapidamente.

João Otero

Assim, foi lançado, para testes por ele e para uso próprio. Desde então, o aplicativo vem crescendo de uma forma positiva, sem muita necessidade de divulgação.

Segundo Otero, a empresa tem interesse em crescer em outras áreas também e tem desenvolvido outros aplicativos relacionados. Então, deixou claro que criou Cogni especialmente para os pacientes e que atende não apenas para para terapia.

Há psiquiatras que usam, assim como terapeutas e coaches. Existe gente que usa sem ter terapeuta, apenas para registrar suas emoções.

João Otero

Diante disso, questionamos sobre como é essa relação de tecnologia e psicologia e, em sua visão, é inevitável que ambos andem juntos.

A psicologia é um setor que demorou muito para ter tecnologia na área, está começando agora, é um início recente, só tende a crescer né? Acho que cada vez terão mais ferramentas, análises, dados. Estará integrado com mais coisas, terá dados de psicologia integrados com dados de saúde e com eventos da vida da pessoa. Isso em conjunto fará mais sentido, será mais útil para os profissionais da área e para as pessoas também.

João Otero

Logo, o aplicativo é gratuito, disponível para IOS e Android, com os idiomas Inglês e Português.

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Por Renata Ariel Silva Cruz – Fala! FIAM
FAAM

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