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O que é empreendedorismo feminino?

O empreendedorismo feminino é um movimento que tem influenciado grandes mudanças no mercado de trabalho, aumentando a diversidade nesses ambientes. Além disso, vem contribuindo com o empoderamento de diversas mulheres, direcionando diversos caminhos para que elas se tornem líderes não apenas de equipes ou de colaboradores, mas encontrem um caminho, um direcionamento próprio na vida profissional e pessoal. Por isso, entenda melhor como funciona esse processo e suas vantagens.

O empreendedorismo feminino é fundamental para a diversidade no mercado de trabalho
O empreendedorismo feminino é fundamental para a diversidade no mercado de trabalho. | Foto: Pixabay.

Como falar sobre empreendedorismo feminino?

O empreendedorismo feminino no Brasil é fundamental para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e com maiores oportunidades de negócio para as mulheres. Por isso, é essencial saber como falar sobre o empreender feminino, então o ideal é buscar as principais razões que dificultam essa categoria de empreendedorismo.

Em primeiro lugar, é comum terem mais homens interessados em empreendimento do que mulheres, principalmente porque eles possuem maior facilidade em adentrar esse mercado, porém o empreendedorismo feminino vem mudando esse cenário. Além disso, outra dificuldade encontrada pelas mulheres é que, geralmente, o perfil de negócio para elas está resumido apenas em serviços de beleza e alimentação.

Por isso, devem ser feitas mudanças no mercado. Nesse sentido, na pandemia muitas mulheres adentraram no empreendedorismo por necessidade, mas acabaram tendo sucesso na modalidade, assim, o número de mulheres empreendedoras cresceu nos últimos anos, algo muito bom para a diversificação do mercado.

Qual a importância do empreendedorismo feminino?

O empreendedorismo feminino é essencial para a construção de uma sociedade mais justa, pois oferece maiores oportunidades de liderança para as mulheres. Desse modo, embora elas representam 52% da população brasileira, apenas 13% estão nas 500 maiores empresas no país, ou seja, ainda é um número muito pequeno.

Nesse sentido, assumir o próprio negócio é uma maneira de empoderamento e desenvolvimento profissional para assumir cargos de liderança, portanto, é uma maneira de contribuir para mudanças na realidade das empreendedoras.

A fundadora da Sodiê Doces e empreendedora, Cleusa Maria da Silva, por exemplo, trabalhou na adolescência cortando cana de açúcar, logo depois, como empregada doméstica. Por isso, sua empreitada ao sucesso começou por necessidade, quando a esposa do seu empregador adoeceu e não podia mais fazer bolos sob encomenda, Cleusa assumiu e em 1997 já estava inaugurando a Sodiê Doces, em um imóvel localizado no interior paulista, em Salto.

Hoje em dia, a rede tem o status de maior franquia de bolos artesanais no país, com mais de 300 lojas espalhadas em 13 estados brasileiros. Além disso, outro ponto que mostra a importância do empreendedorismo feminino é demonstrado no levantamento feito pelo Sebrae, a pesquisa revela que as mulheres brasileiras empreendem, principalmente, por causa da necessidade de outra fonte de renda ou para ter independência financeira.

Desse modo, os ganhos com o próprio negócio contribuem para as mulheres conseguirem diminuir ou acabar com a sua dependência financeira e, assim, sustentar as suas famílias.

3 mulheres para se inspirar na área de empreendedorismo feminino

Confira, abaixo, alguns exemplos de mulheres empreendedoras:

Luiza Helena Trajano (Magazine Luiza)

Luiza Helena Trajano é uma das mulheres empreendedoras mais influentes no Brasil. Nesse sentido, esteve à frente do Magazine Luiza por 24 anos, tornando a marca uma das maiores do varejo no país, com 113 lojas físicas distribuídas por 819 cidades em 21 estados, além de ter desenvolvido um e-commerce de sucesso para a empresa. Desse modo, só em 2019, as vendas totais da empresa foram de 27,3 bilhões de reais.

A organização está no ranking das “Melhores empresas para se trabalhar” há 22 anos consecutivos. Atualmente, exerce o cargo de Presidente do Conselho de Administração do Magalu, dividindo as suas horas em mentorear, inspirar e investir em empreendimentos por todo o Brasil.

Em seus quase 30 anos de trajetória, recebe centenas de premiações e reconhecimentos como empresária, empreendedora, mulher e líder, sendo escolhida em 1º lugar, nos dois últimos anos, na premiação da Merco líder de negócios com melhor reputação no país, como também foi a única executiva brasileira na lista global do WRC – World Retail Congress.

Por isso, Luiza Helena Trajano é um grande exemplo do empreendedorismo feminino no Brasil, uma líder que assume sua responsabilidade e contribui para a redução nas desigualdades, potencializando o crescimento do país.

Leila Velez e Zica Assis (Beleza Natural)

O caminho dessas duas mulheres empreendedoras iniciou há 21 anos, quando Zica Assis começou a combinar matérias-primas e produtos com o objetivo de buscar uma fórmula que traria balanço a seus cachos super rebeldes. Nessa jornada, foram realizados diversos testes, que chegaram a deixar familiares carecas até encontrar a solução.

Assim, nasceu o Beleza Natural, primeiro instituto especializado em cabelos ondulados e crespos no Brasil. Na época, era apenas uma sala de 30m² que recebia imensas filas na porta. Por isso, as chances de dar errado eram enormes, mas nas palavras da presidente e co-fundadora, Leila Velez: “a gente acreditava muito em um sonho e era tudo que a gente tinha”. O negócio deu muito certo e, atualmente, é referência no mercado.

Sônia Hess (Dudalina)

Em uma das idas à São Paulo para reabastecer o estoque do seu comércio, Seu Duda acabou comprando muito mais itens do que era necessário para a produção de um tecido, assim, o prejuízo era certo em uma época em que as coisas não eram tão acessíveis.

Por outro lado, o espírito empreendedor de Dona Lina assumiu o controle. Assim, ela descosturou uma camisa que tinha na venda, compreendeu como a peça era fabricada, contratou duas costureiras e fizeram três peças que venderam bem rápido. Nesse sentido, com o sucesso nas vendas, Dona Lina percebeu uma oportunidade e assim nasceu a Dudalina, em 1957.

Seu Duda e Dona Lina são os pais de Sônia Hess, a empreendedora herdou de sua mãe a sensibilidade para os negócios, assim, eram muito mais bem-sucedidas. Sônia assumiu a presidência da camisaria fundada pelos dois e a transformou na maior exportadora de camisas do país.

O empreendedorismo feminino é um processo essencial para a diversidade dos negócios no país, portanto, deve ser motivado para que cada vez mais mulheres se interessem pela modalidade. Por isso, é tão importante esses exemplos de mulheres empreendedoras, pois elas mostram que é possível ter sucesso no mundo dos empreendimentos.

O empreendedorismo feminino oferece maiores oportunidades de liderança para as mulheres
O empreendedorismo feminino oferece maiores oportunidades de liderança para as mulheres. | Foto: Pixabay.

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Por Marcus Vinicius Mendes da Costa – Fala! Metodista

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