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‘Dark’: O fim da série original Netflix deixou saudades

No dia 27 de junho de 2020, saiu a última temporada de Dark e todos os fãs já sentiram saudade antes mesmo da série acabar – pasmem, sabíamos do futuro.

Dark 3ª temporada
Dark chega ao fim com sua 3ª temporada. | Foto: Reprodução.

O começo é o fim e o fim é o começo

Começando de uma forma direta, e um pouco desconfortável (não é um problema), a primeira temporada de Dark já aparece mostrando que não será nada fácil lidar com os mistérios que a série vai lançando no ar.

Nos primeiros episódios, nada é entregue de graça. Tudo tem o ritmo próprio. O grande fator é justamente esse, nada tem pressa de acontecer, nenhum evento atropela o outro.

Se tratando de uma história com viagem no tempo, é muito importante manter cada ponta sempre conectada para que não haja furos nos próximos eventos. E é exatamente isso que foi feito no primeiro ano. Ladrilharam todos os acontecimentos para que, nas próximas temporadas, tudo fosse explicado.

E o fim da primeira temporada chega fazendo uma ponta direta com a segunda.

Sic mundus creatus est’

o que significa Sic mundus creatus est' em Dark
Sic mundus creatus est‘. | Foto: Reprodução.

Com a ponta deixada no final da primeira temporada, o retorno ao mundo de Dark acontece da maneira mais confusa (no bom sentido) possível.

Não bastando os mistérios que ficaram sem respostas na primeira parte, a segunda começa contando os minutos para o apocalipse… Confuso?

Os eventos têm uma carga mais leves, apesar do fim do mundo estar próximo. Se comparada com a primeira e terceira temporada, a segunda é mais “tranquila”. É explicado mais sobre o tempo e como funcionam os ciclos, trazendo um culto que teria o papel de manter tudo como sempre foi até o final do loop temporal que Winden (cidade em que a série se passa) sofre.

No momento em que o público se der conta do que está acontecendo, surgem mais mistérios para inchar a história. E graças a essas novas tramas, o roteiro se sobressai para desenvolver cada um dos personagens novos e mais antigos.

Eis que surge Adam, a maior surpresa da temporada e personagem importantíssimo para o desenrolar dos eventos. Além de trazer um desenvolvimento maior e melhor para uma personagem que apareceu pouco, mas sempre trazia explicações pertinentes; Claudia Tiedemann. Se for assistir, guarde esses nomes.

O que sabemos é uma gota, o que não sabemos é um oceano

explicação do final de Dark
Cena de Dark, série original da Netflix. | Foto: Reprodução.

Por fim, a temporada mais triste estreou com muita expectativa dos fãs. Afinal, o fim do ciclo e como ele se iniciou seria mostrado.

Vemos 3 novos personagens fazendo a sua introdução logo no início do primeiro episódio. Sem nenhum traço que dê para identificá-los, começam colocando fogo em um dos locais conhecidos da série, fazendo com que uma única dúvida surja na mente de qualquer pessoa que esteja assistindo à cena: De onde eles vieram?

É esperar e se surpreender.

A última temporada tinha a missão de responder todas as perguntas que a série veio acumulando ao longo das duas temporadas, e tudo isso em apenas oito episódios. Com o desenrolar da história, vão surgindo novas perguntas e é aí que a genialidade alemã aparece. Nada é abandonado; cada pergunta é respondida, incluindo questões passadas. Se existe um roteiro cem por cento livre de furos, esse roteiro é de Dark.

Assistir à última parte de Dark é como montar um quebra-cabeças que tem mil peças. A missão de fazer com que o público entenda todas as lacunas preenchidas não era pequena, em certos momentos, parece que vão deixar algo em aberto para ser interpretado, mas tudo é amarrado com um nó.

A parte mais triste de todas: O fim

Quem não se emocionou com o último suspiro de Dark? O desfecho ousado e emocionante, encerrou a belíssima trajetória da série.

Sem espaço para mais perguntas, ou respostas, a despedida de dois dos mais queridos personagens acontece. Ao som de What a Wonderful World, esse momento foi o responsável por trazer lágrimas aos rostos de quem assistia, imortalizando os personagens de vez. Afinal, eles tiveram uma das trajetórias mais tristes e bonitas. Carregaram o fardo de todos, permanecendo juntos. Mesmo no fim, foram um par perfeito. Nunca duvide disso.

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Por Márcio Mendes – Fala! UFRJ

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