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Crítica: ‘Maligno’, um flerte entre o clássico e o novo

Maligno vem na contramão dos filmes de terror aclamados pelo público e pela crítica, como Invocação do Mal, Hereditário e O Homem nas Trevas. O novo longa de James Wan arrisca ao apostar em um filme que flerta mais com os clássicos do gênero, não somente devido aos seus tributos, mas ao desfecho exageradamente insano.

Maligno
Annabelle Wallis em Maligno | Foto: Reprodução/Warner Bros.

Uma crítica a Maligno, novo filme de terror de James Wan

Na trama, Madison (Annabelle Wallis) passa a ter sonhos aterrorizantes de pessoas sendo brutalmente assassinadas. Ela acaba descobrindo que, na verdade, são visões dos crimes enquanto acontecem. Aos poucos, ela percebe que esses assassinatos estão conectados a uma entidade de seu passado chamada Gabriel. Para impedir a criatura, Madison precisará investigar de onde ela surgiu e enfrentar os seus traumas de infância. 

Apesar da sanguinolência que toma conta do último ato, na primeira hora do filme você é inserido em uma trama cheia de mistérios. Em muitos momentos você vai se questionar se o que está vendo se trata de uma alucinação, realidade paralela ou apenas algo sobrenatural. 

Tenha em mente que Maligno vai se tornar alucinante, bizarro e trash em sua sequência final. Mas se você é um fã de gênero de terror e gosta de filmes como A Morte do Demônio, vai se surpreender positivamente. 

James Wan se mostra muito seguro nessa direção, usando a câmera de diversas formas para explorar a dimensão do terror sob vários ângulos. O terror foi recebido muito bem pela crítica, mas não tão bem pelo público. Talvez a nova geração não aprecie a essência do terror que James Wan resgatou com virtuosidade. Se você comprar a ideia maluca de Maligno vai ser recompensado com entretenimento de muita qualidade. 

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Por Beatriz Seguchi – Fala! São Judas

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