Dezembro é o mês em que as pessoas buscam sempre renovar suas esperanças e desejar que o ano seguinte seja melhor do que o que passou, sem contar a empolgação natalina com as casas decoradas, comidas típicas e muitos filmes de Natal!
Não existe nada melhor para entrar no clima do que um bom filme de Natal. Porém, já estamos acostumados com filmes norte-americanos, com neve e muitos conflitos que passam longe da nossa realidade.
Pensando nisso, as produtoras nacionais vêm investindo em produções natalinas, com histórias que tenham a ver com a realidade brasileira e que se passem localmente, assim como 10 Horas Para o Natal. A seguir, confira uma análise crítica sobre o longa brasileiro.
Análise crítica sobre 10 Horas Para o Natal, novo filme brasileiro natalino
Julia, Miguel e Bia sempre tiveram o melhor Natal da vida, até que seus pais, Marcos Henrique e Sônia, decidem se divorciar. Mas tudo isso mudou desde que os pais decidiram se separar, então os Natais passaram a ser divididos nas duas casas. E esse ano a coisa vai ser ainda pior, porque os pais esqueceram de comprar os presentes e de decorar a casa, e o trauma que isso pode acarretar na pequena Bia pode ser irreversível, já que ela ainda acredita em Papai Noel.
Faltando apenas 10 horas para o Natal, os três irmãos saíram sozinhos numa aventura pelas ruas de São Paulo e com apenas cinquenta reais no bolso, numa tentativa de resgatar o espírito natalino que costumava frequentar as festas da família Silva.
Com tudo isso, 10 Horas Para o Natal faz com que a gente se sinta em casa. Nos lembra a infância, traz a expectativa do Natal, do presente, da bagunça. E nos deixa até mesmo com saudades da tia que pergunta dos namoradinhos, do parente da piada do pavê e dos leves surtos que nossas mães têm cozinhando o peru.
Outro ponto importante no filme é a separação dos pais e como isso mexe com a rotina e com a vida das crianças. E fica um alerta bem importante: porque não ouvir mais essas pequenas pessoas que são cheias de ideias, de vontades e de personalidade?
O mais encantador em 10 Horas Para o Natal é que poderia ser a sua família e com certeza, poderia ser a minha. Os clichês são muitos, mas isso não desabona em nenhum momento o longa. Marcos Henrique é o pai amoroso, mas desastrado. Sônia é a mãe super trabalhadora e atucanada e todos os outros personagens que aparecem também fazem parte da nossa vida ou lembra alguém conhecido. Por isso, fica ainda mais legal assistir.
Com elementos que já vimos antes, como a guerra na loja de brinquedos, similar ao já visto em Um Herói de Brinquedo, mas com locações tão brasileiras, como a Rua 25 de Março, em São Paulo, esse é o filme que precisávamos para essa época e nem sabíamos.
O roteiro de Bia Crespo e Flávia Guimarães joga para o Natal temas importante das famílias e que estão cada vez mais recorrentes na realidade dos pimpolhos: a separação dos pais, a desunião familiar, a perda do lúdico e a importância de se dar valor às pequenas coisas e àquilo que realmente importa: o amor das pessoas que são caras na vida. São mensagens super necessárias para irem sendo trabalhadas desde cedo com os pequenos, e vê-las inseridas em um filme de entretenimento estrelado por um trio potente e famoso faz a diferença para o público alvo.
10 Horas Para o Natal é um bom filme para crianças, com uma mistura de realidade e lúdico na medida certa e uma linda mensagem para toda a família: neste Natal, demonstre seu amor com o que você tem, seja longe ou seja perto, porque o que importa é o amor.
No final, o filme entrega uma divertida aventura, é ideal para as crianças e os pequenos que não ficam além das comédias clássicas sobre o tema. Para quem gosta desse clima de Natal com certeza vale a pena assistir em família.
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Por Sabrina Ferreira – Fala! Centro Universitário Brasileiro de Pernambuco