Ministro da Saúde do governo Bolsonaro havia afirmado mais cedo que país compraria 46 milhões de doses da Coronavac, vacina imunizante contra o Covid-19, mas presidente nega compra
Nesta terça-feira (20), o Ministério da Saúde anunciou que assinou um protocolo de intenções para adquirir 46 milhões de doses da Coronavac, vacina de proteção ao coronavírus que está sendo produzida pelo Instituto Butantan e pelo laboratório chinês Sinovac.
No entanto, Jair Bolsonaro disse, hoje (21), que a vacina não será comprada pelo governo federal. A afirmação foi feita em resposta ao comentário de uma pessoa no Facebook.
“Presidente, a China é uma ditadura. Não compre essa vacina, por favor. Eu só tenho 17 anos e quero ter um futuro, mas sem interferência da ditadura chinesa”, escreveu o usuário do Facebook. O presidente respondeu: “Não será comprada.”.
O acordo foi fechado durante reunião do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com governadores do país. A compra só será realizada após a vacina receber um registro da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). De acordo com Pazuello, a vacinação já começaria em 2021.
O governo brasileiro também já tem acordo para comprar doses da vacina produzida pela farmacêutica britânica AstraZeneca, em parceria com a Universidade de Oxford, e também faz parte da Covax Facility, plano internacional de alocação de vacinas contra Covid-19. De acordo com o Ministério da Saúde, as três iniciativas, somadas, garantem 186 milhões de doses.
Bolsonaro ainda criticou o governador de São Paulo, João Doria, em sua resposta à pandemia do Covid-19. O governador em questão havia garantido que a vacina seria obrigatória em todo o estado de SP, enquanto o presidente afirma que “não será obrigatória e ponto final”.
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Por Domitilla Mariotti – Redação Fala!