A crise de coronavírus não é a primeira a assolar a raça humana. Diversos microrganismos já foram responsáveis por matar milhões de pessoas em diferentes momentos da história. Assim, conheça as cinco piores doenças da humanidade.
Piores doenças da humanidade
Varíola
Essa doença, que não se sabe o ano exato de origem, afetou a humanidade por mais de dez mil anos. A transmissão se dá através do contato com pessoas doentes ou objetos que tiveram contato com a saliva ou secreções dos infectados. O patógeno se instala, principalmente, na região cutânea, provocando febre alta, mal-estar, dores no corpo e problemas gástricos. Os próximos sintomas são diversas protuberâncias cheias de pus em todo o corpo.
Causada pelo Orthopoxvirus, a praga chegou a ter taxa de mortalidade superior a 90% e matou milhões de pessoas. O fim dos casos da doença ocorreu após uma campanha de vacinação maciça no mundo todo, e, em 1980, a OMS declarou a erradicação da varíola.
Peste bubônica (1346-1353)
Originada no continente asiático e causada pela bactéria Yersinia pestis, a doença matou cerca de um terço da população do continente europeu. A propagação da bactéria se dava por meio de ratos e pulgas, porém, em um estágio mais avançado, espirros e gotículas também eram responsáveis pela transmissão.
As condições precárias de higiene e saneamento básico contribuíram para a doença se espalhar mais rapidamente. Tendo como principal sintoma as manchas negras na pele – daí que surgiu o seu nome popular, peste negra -, a praga influenciou grandes conflitos, como a crise da Baixa Idade Média, as revoltas camponesas, a Guerra dos Cem Anos e o declínio da cavalaria medieval.
Cólera (1817-2020)
Causada pela bactéria Vibrio cholerae, a cólera é uma doença infectocontagiosa aguda no intestino delgado. Sua transmissão ocorre através da água e de alimentos contaminados por pessoas infectadas. Os principais sintomas são diarreia volumosa e vômitos.
A doença se originou no continente asiático, mais precisamente na Índia, e chegou ao Brasil em 1855. A bactéria já ocasionou sete pandemias e, por isso, é difícil estimar o número total de mortos. Para a doença ser erradicada, é necessário que haja uma melhora global no acesso ao saneamento básico.
Gripe espanhola (1918-1919)
Apesar do nome “gripe espanhola”, essa epidemia atingiu todos os continentes e deixou mais de 50 milhões de mortos mundialmente. A doença espalhou-se, principalmente, devido à movimentação de tropas no período da Primeira Guerra Mundial.
A gripe é causada por uma mutação do vírus Influenza e tem como principais sintomas fortes dores de cabeça e no corpo, calafrios e inchaço nos pulmões. O seu nome refere-se à fama da imprensa espanhola por divulgar as notícias da pandemia, já que a guerra havia censurado grande parte do mundo a falar sobre o assunto, e a Espanha não participava do conflito.
Aids (1981-2020)
Causada pelo vírus HIV (Human Immunodeficiency Virus), a síndrome caracteriza-se pela queda de linfócitos CD4, células essenciais na defesa imunológica do organismo. No estágio avançado da doença, o corpo enfraquecido pode ser atingido por hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
A transmissão do vírus ocorre através de relações sexuais desprotegidas, do compartilhamento de seringas ou agulhas contaminadas e de transfusões sanguíneas. Apesar de ainda não existir cura para a doença, os medicamentos antirretrovirais impedem a multiplicação do vírus no organismo.
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Por Letícia Felix – Fala! Cásper