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Dilera e a Síndrome de La Tourette, entenda o distúrbio

Nesta quarta-feira (30), foi exibido no The Noite com Danilo Gentili a entrevista com o streamer Dilera, o Diego Barbosa, que contou sobre a sua experiência de vida por ter a síndrome de La Tourette e como os seus telespectadores reagiram a tal condição.

A síndrome se caracteriza por “tiques”, esses que são classificados como movimentos compulsivos e repetitivos, os quais são difíceis de controlar. Assim, a síndrome de La Tourette é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por tiques múltiplos que podem ser motores ou vocais, em alguns casos, como o do streamer, a doença se manifesta dos dois modos.

Em entrevista para o canal Cortes do Flow, o Dilera comenta a síndrome:

(…) Às vezes eu acordo chutando a parede, já acordei com a mesa do computador virado, minha mulher já acordou com a canela toda inchada e eu percebi uma vez, que eu tenho filho, né? E, às vezes, eu acordo tipo dando soco do lado, onde ele está deitado, tá ligado?

Dilera no Cortes do Flow.

Confira o vídeo:

Dilera explica sobre a síndrome de Tourette para o Cortes do Flow. / Fonte: YouTube.

Tal distúrbio se manifesta ainda na infância, em que os movimentos motores são os primeiros a se destacar, como um piscar, franzir a testa ou balançar a cabeça de forma excessiva podem demonstrar sinais da síndrome. Contudo, é necessário olhar para a condição sem preconceitos, pois controlar os impulsos repetitivos traz uma grande dificuldade para os pacientes e a análise médica é essencial para o diagnóstico.

Segundo o site Drauzio Varella, a síndrome tem efeitos negativos no âmbito social por tais tiques não serem compreendidos com a devida gravidade que a condição traz, mas, sim, como algo trivial que pode ser facilmente parado, gerando, assim, sentimentos de fobia social e até mesmo ansiedade e irritabilidade.

síndrome de Tourette
Síndrome de Tourette ocorre desde a infância. / Foto: Reprodução.

Embora os tiques motores sejam um dos mais reconhecidos, foi nos vocais que a Síndrome foi descoberta após o quadro da Marquesa de Dampierre ser descrito pelo médico francês Jean Itard, no ano de 1825, em que a mulher tinha a compulsão de falar palavras obscenas, principalmente em público. Mas o distúrbio da Marquesa foi estudado junto a outros casos semelhantes, o que fez o neurocientista George Gilles de La Tourette, em 1885, registrar a síndrome com o seu nome, conforme o site anteriormente citado.

No Brasil, a Associação de São Paulo para pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo e Síndrome de Tourette busca acolher e informar sobre tais doenças. Assim, a ASTOC ST traz grandes discussões para adicionar mais conhecimento à sociedade sobre tais distúrbios e ajudar as pessoas, as famílias e amigos que sofrem com o TOC e a síndrome.

TOC
Símbolo da Associação para pessoas com Transtorno Obsessivo Compulsivo e Síndrome de Tourette. / Fonte: site da ASTOC ST.

O tratamento para a síndrome varia na gravidade dos casos. Um dos métodos terapêuticos consiste em uma terapia comportamental cognitiva, que tem por objetivo a reversão de hábitos ao se basear no monitoramento do próprio paciente com La Tourette dos tiques e outras reações premonitórias.

Outra forma de tratamento está associada ao uso de medicamentos antipsicóticos, os quais ajudam na redução da frequência dos tiques. Além disso, alguns profissionais recomendam a aplicação de botox, uma toxina botulínica, para tiques localizados em uma determinada área, somado a alguns autores, que recomendam através de cirurgia a estimulação profunda em uma parte do cérebro, segundo o site Drauzio Varella.

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Por Amanda Marques – Redação Fala!

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