Que o streaming impactou o mundo da tecnologia e do entretenimento não é novidade. Porém, em meio a tantas novidades e novas plataformas, sempre há quem se prejudique e a grande impactada da vez se chama TV a cabo.
Pesquisas e dados atuais apontam para um fenômeno no qual o consumidor está mais propenso a pagar por um serviço de streaming do que por uma assinatura de TV, e as razões podem ser justificadas pela maior opção e flexibilidade de assistir a filmes e séries, o serviço multitelas, além do baixo custo se comparado com um serviço de TV por assinatura.
O decadente setor da TV a cabo tem, no Brasil, 14,1 milhões de usuários desse serviço, sendo que em 2020 eram 15,6 milhões de adeptos. Isso corresponde à cerca de apenas 6,6% da população brasileira com serviços por assinatura em suas casas, o menor número desde 2012.
Uma pesquisa realizada pela divisão de Mídia da Nielsen Brasil em parceria com a Toluna, mostra que 42,8% dos brasileiros entrevistados assistem a conteúdos de streaming todos dias, enquanto apenas 2,5% das pessoas declaram nunca assistir a algo por este meio.
É válido ressaltar, também, outro ponto que intensificou a ascensão do streaming: a pandemia. Além de aumentar o tempo livre, o isolamento fez com que as pessoas investissem ainda mais no consumo de entretenimento, mantendo o Brasil no TOP 10 dos maiores mercados de streaming do mundo.

Alguns canais de TV estão lutando para superar a crise. A maior ferramenta é a aceitação e a migração para plataformas, como o Globoplay e o Disney+. Ao que tudo indica, essa pode ser, sim, a melhor opção para o setor, que por muitos é considerado ultrapassado.
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Por Bruna Beato – Fala! Cásper