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Como a resposta de Trump ao caso George Floyd reflete na sociedade?

Desde a morte de George Floyd houve vários protestos nos Estados Unidos pedindo por mudanças na sociedade americana para combater o racismo. Os protestos começaram dia 26 de maio, em Minneapolis, depois se espalhando para outras cidades americanas, como Nova York, Chicago e a capital de Washington.

A repercussão das manifestações públicas motivou outras manifestações ao redor do mundo contra a desigualdade racial: em Manaus, brasileiros protestaram contra o racismo e a violência policial. Atos semelhantes ocorreram em Buenos Aires, na Argentina; em Londres, no Reino Unido; em Paris, na França. 

Os comentários do presidente americano, Donald Trump, foram duros contra os protestos acontecendo, comparando os manifestantes de criminosos, ameaçando usar as forças armadas para conter as passeatas e xingando os governadores dos estados americanos e dizendo para eles que deviam “dominar” os seus cidadãos. Trump também disse em um comentário do Twitter que iria rotular o grupo anarquista Antifa – abreviação para antifascista – de organização terrorista, como responsáveis pela violência dos protestos.  

A violência e o vandalismo estão sendo liderados por Antifa e outros grupos radicais de esquerda que estão aterrorizando inocentes, destruindo empregos, prejudicando empresas e incendiando prédios. 

Acusou o presidente
trump george floyd
Trump critica protestos nos Estados Unidos. | Foto: Reprodução.

Crise nos Estados Unidos

No dia primeiro de junho, Donald Trump foi à igreja de St. John, perto da Casa Branca, para posar fotos em frente ao templo segurando uma bíblia. O presidente americano não fez nenhum discurso ou comentário sobre a crise decorrente. Antes de ter ido à igreja, protestos estavam acontecendo perto da região, mas os manifestantes foram expulsos com gás lacrimogénio e cassetetes, assim que teve a notícia que Trump iria a St. John.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Kayleigh McEnany, depois comparou a foto da visita à igreja com a foto do primeiro-ministro inglês, Winston Churchil, quando visitou casas destruídas durante um bombardeio da Alemanha nazifascista. 

A resposta de Donald Trump sobre o descontentamento da população sobre racismo e violência policial serviu mais para dividir o país, não o unir. Ao mesmo tempo, o mundo todo está enfrentando uma pandemia de uma doença ainda sem vacina ou tratamento eficaz contra. Os Estados Unidos são o foco do coronavirus, com quase dois milhões de casos confirmados e mais de cem mil mortos, além de estar passando por uma recessão econômica, com 40 milhões de desempregados. 

A situação é tão alarmante que as pessoas estão colocando a sua saúde em risco para lutar por seus direitos civis e de outros, enquanto o líder da nação antagoniza as vítimas, ataca adversários políticos e apresenta uma imagem de soberania para seus seguidores. Ainda estou falando dos Estados Unidos. 

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Por Guilherme Schanner – Fala! Mack

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