Foi realizado, na quarta-feira do dia 18 de maio, no município de Pauini, que fica no interior do estado do Amazonas localizado a 923 quilômetros de Manaus, uma grande mobilização pelas ruas da cidade, com o objetivo de conscientizar e alertar a população sobre a importância da luta em defesa dos direitos sexuais de crianças e adolescentes.
Portando faixas, cartazes e banners educadores, autoridades políticas, religiosos, estudantes, empresários, profissionais da saúde, dentre outros, saíram em caminhada defronte ao comercial Lopes, localizado na rua Danilo Corrêa, bairro Cidade Alta, e finalizaram na praça Bibiano Osório, no Bairro Pantanal, onde houve apresentações culturais, musicais, dança e coreografia realizada por jovens da Igreja Evangélica Assembleia de Deus (IEADAM).
18 de maio e os direitos sexuais de crianças e adolescentes
Um balanço do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mostra que, no Brasil, foram registrados 4.486 denúncias de violações de direitos humanos contra crianças e adolescentes somente nos quatro primeiros meses de 2022, 18,6% estão ligados a situação de violência sexual. A estimativa é que a cada hora quatro crianças e adolescentes sejam vítimas de violência sexual no país.
Segundo as estatísticas do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH/MMFDH), somente em 2022, até o dia 13 de maio, foram contabilizados 53,8 mil registros de denúncias de violência contra crianças e adolescentes. Destas, 7,1 mil são de violência sexual.
Segundo o presidente do Conselho Tutelar da cidade, Amaury Moura, somente de janeiro a maio do ano de 2022, foram registrados cerca de 100 casos dos mais variados tipos de violação de direitos de crianças e adolescentes. “O Estatuto da Criança e Adolescente (ECA)’ preconiza que é dever de todos’ zelar pelo cumprimento e efetivação da garantia dos direitos das crianças e adolescentes, preservar a infância e conscientizar sobre a necessidade de enfrentamento, é dessa forma que iremos vivenciar esses graves problemas enfrentados pela sociedade, que faz milhares de vítimas todos os anos no Brasil, e em Pauini não é diferente”, disse Amaury Moura
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Por Romário Vieira – Fala! Universidade Cruzeiro do Sul